CONTROLE DA HIPERTENSÃO E ADESÃO AO TRATAMENTO: UM TRABALHO EM EQUIPE.

GABRIELLY DA FONTOURA WINTER, INDIARA ZAMBARDA PINTO, MARIA RAQUEL PILAR STEYER, LUCIANO LEPPER

Resumo


A hipertensão arterial é um grave problema de saúde pública, segundo dados do Ministério da Saúde, existem mais de 30 milhões de hipertensos no Brasil. Quando descompensada, expõe o indivíduo a complicações severas que afetam principalmente o sistema cardiovascular, para seu controle é necessário o diagnóstico correto e imediato, mudança dos hábitos de vida, verificar periodicamente a pressão arterial, fazer o uso correto da medicação prescrita e realizar acompanhamento através dos serviços de saúde. Em Rio Pardo-RS, cidade onde foi realizada a análise, as doenças do aparelho circulatório levam à maior incidência dos óbitos. Assim surgiu a causa deste estudo, analisar como está o controle dos casos de hipertensão acompanhados pelos profissionais da saúde,, os membros realizadores deste estudo fazem parte do Programa de Educação pelo Trabalho (PET-Saúde). O PET-Saúde tem o intuito de integrar ações de ensino, pesquisa e extensão, que visam a uma nova formação em saúde, mais atenta às necessidades da população e, de forma concomitante, com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). As doenças crônicas não transmissíveis se caracterizam por ter uma etiologia incerta, múltiplos fatores de risco, longos períodos de latência, curso prolongado, origem não infecciosa e por estar associadas a deficiências e incapacidades funcionais. Entre as mais importantes estão à hipertensão arterial, o diabetes, as neoplasias, as doenças cérebro-vasculares, as doenças pulmonares obstrutivas crônicas. O estudo realizou-se a partir da observação do atendimento aos usuários de um serviço de saúde no município de Rio Pardo, onde foram assistidos em média 325 atendimentos aos pacientes do grupo hiperdia, hipertensão e diabetes, no período de novembro de 2012 a janeiro de 2013. Os dados surgiram a partir das alterações do estado físico, da verificação da pressão arterial por método de ausculta, do peso, da medida da circunferência abdominal e das queixas e falas dos hipertensos. São diversos os fatores observados que interferiram no controle e na adesão ao tratamento da hipertensão, como por exemplo, o que o paciente entende por saúde. O seu estilo de vida, a idade, que, em muitas vezes se relaciona com a capacidade de mudar os hábitos de vida. O estado emocional em que o hipertenso se encontra, foi um forte fator interferente, pois este não pratica o autocuidado como antes e merece muita atenção dos profissionais da saúde, podendo esquecer da medicação ou só tomá-la quando não se sente bem. Para superar estas fases, muitos casos necessitam de auxílio psicológico, que tem como objetivo promover a melhora das condições de vida dos sujeitos que sofrem de hipertensão, modificando sua percepção frente a esta doença crônica, tornando-os mais autônomos e cientes de suas responsabilidades frente ao tratamento, estimulando exercícios físicos, hábitos alimentares mais saudáveis. Sobre as mudança dos hábitos, destacando-se os alimentares, apresentou-se em grande número como causador da não adesão ao tratamento, tendo alguns hipertensos maiores dificuldades no controle do sódio e das gorduras. Os resultados destas intervenções se dão aos poucos, não sendo este um processo rápido, entretanto, seus resultados tendem a ser permanentes. É importante salientar que a efetividade desta estratégia depende de um trabalho interdisciplinar. Sendo fundamental que os acadêmicos, ainda na graduação, aprendam esse manejo em equipe.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.