CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS OBESAS DO ESPAÇO MAMÃE CRIANÇA/PET-SAÚDE - REDE CEGONHA

CARINA GARCIA, JENIFER PROENCA DE BRUM, JANINE KOEPP

Resumo


Introdução: A inadequação alimentar também pode se caracterizar por excesso de energia e nutrientes, causando distúrbios como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemias e hipertensão arterial sistêmica, que, além de atingirem a população adulta, também atingem as crianças obesas. Esses problemas na infância, juntamente com as condições ambientais e comportamentais, podem ter efeitos importantes na saúde do indivíduo quando adulto. Objetivo: Analisar o consumo alimentar de crianças com sobrepeso e obesidade. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa e quantitativa, realizado na Unidade Básica de Saúde do município de Vera Cruz/RS, com 15 crianças com idade de 1 a 7 anos, integrantes do Grupo Qualidade de Vida na Infância, que atende crianças com sobrepeso e obesidade. Os dados foram coletados durante o período de junho a agosto de 2013. Durante o atendimento foi feita a entrevista, utilizando o formulário de marcadores do consumo alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Resultados: Verificou-se através do formulário de marcadores do consumo alimentar para indivíduos com 5 anos de idade ou mais, que em relação à salada crua: 40% das crianças não consumiram nos últimos 7 dias, 20% ingeriram em 2 dias, 20% em 3 dias e 20% em todos os dias. A ingestão de frutas frescas ou salada de frutas: 20% das crianças comeram em 1 dia e 80% em todos os dias. A frequência do consumo de bolachas/biscoitos salgados ou salgadinhos de pacote: 40% dos indivíduos não comeram, 20% em 1 dia, 20% em 2 dias e 20% em todos os dias e a ingestão de refrigerante: 40% não consumiram, 20% em 1 dia, 20% em 3 dias e 20% em todos os dias. De acordo com o formulário de marcadores do consumo alimentar para crianças menores de 5 anos de idade, na faixa etária de 6 meses e menos de 2 anos, obtiveram-se as seguintes respostas: 80% das crianças comeram verduras/legumes e 20% não consumiram. Além disso, 100% das crianças comeram fruta e 100% dos indivíduos realizaram a refeição assistindo a televisão, isso se refere ao dia anterior da entrevista e 80% não tomaram refrigerante no último mês e 20% tomaram. Conforme o formulário de marcadores do consumo alimentar para crianças menores de 5 anos de idade, na faixa etária entre 2 anos e menos de 5 anos, verificou-se que 20% dos indivíduos comeram verduras/legumes e 80% não consumiram, 100% das crianças comeram fruta e 80% realizaram a refeição assistindo a televisão e 20% não, isto se refere ao dia anterior da entrevista. A frequência de consumo de refrigerante é 20% dia sim, dia não (3 a 4x semana), 60% às vezes (2x semana ou menos) e 20% nunca e a frequência de consumo de salgadinho de pacote; 40% todos os dias (5 a 7x semana) e 60% às vezes (2x semana ou menos). Conclusão: A infância é um excelente momento para a formação dos hábitos alimentares saudáveis. Por isso, é importante que haja um maior cuidado em relação à alimentação dessa faixa etária, pois ocorre a incorporação de novos hábitos alimentares que influenciarão diretamente o padrão alimentar a ser adotado pela criança e que repercute por toda a vida. Diante disso, torna-se importante a realização de pesquisas referentes ao comportamento alimentar de crianças, para investigar as causas da obesidade infantil e definir as ações para a promoção da saúde.


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