Este trabalho tem como principal objetivo apresentar e problematizar as práticas desenvolvidas nas oficinas de Língua Portuguesa, do subprojeto 3 Letras Português, do Programa de Iniciação à Docência Pibid/Unisc, do primeiro semestre de 2013. Atuamos na Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias, onde ocorreram oficinas com alunos do 7º e 6º ano do Ensino Fundamental. As atividades têm como norte os três eixos do subprojeto: a leitura, o dizer e a escrita, como também pressupostos teóricos estudados pelo subprojeto e as necessidades da escola. A realização de oficinas no turno inverso da aula, em muitos casos, enfrenta desafios que remetem a refletir sobre nossas práticas enquanto bolsistas Pibid/Unisc e futuros professores, pois a adesão e a frequência dos alunos não são as esperadas. Dessa forma, somos desafiados a pensar propostas estimuladoras que despertem nos discentes o desejo de participar dos encontros. Na EMEF Duque de Caxias também nos deparamos com tal desafio. Então, buscamos proporcionar aos participantes momentos agradáveis e instigantes com a leitura, com a poesia, com a contação de histórias e também com a escrita. Para conseguir atingir nossos objetivos, planejamos encontros em que o contato com o lúdico foi uma prática constante. Para Huizinga (1996), o jogo é algo sério. Através dele o sujeito vive momentos de tensão, mas também de alegria. Em todas as oficinas que o jogo esteve presente percebemos como as crianças estavam dispostas a colaborar com a atividade e, ao mesmo tempo, empenhadas em seguir as regras estabelecidas. Assim, ao longo do semestre, houve melhor aceitação das propostas e um consequente aumento da frequência dos discentes. Embora a experiência com oficinas seja distinta de sala de aula, não deixa de ser importante para a formação do futuro professor, pois, além da oportunidade de conviver no ambiente escolar e com os alunos, leva a questionamentos e reflexões em relação à docência e ao contexto atual da educação. Enfim, são muitos os desafios, mas são muitas as possibilidades e, através do contato com o lúdico, conseguimos despertar não só nos alunos, mas em nós mesmos, a imaginação, o interesse pelo universo mágico que é a leitura e o desejo de ser e estar em um mundo cheio de histórias a serem descobertas, contadas e reinventadas. A vivência com o lúdico é reveladora para os bolsistas que, envolvidos pela tensão e pela alegria, se dispõem a "brincar" junto com as crianças e deixar florescer no coração a infância, tornando o convívio entre professores e alunos mais terno e amoroso.