As pessoas passaram a ser mais valorizadas no ambiente corporativo, pois além de cumprirem as atividades estabelecidas de acordo com seu cargo, entregam mais resultados e evitam que resultados indesejados aconteçam. Com um mercado competitivo, é preciso desenvolver uma estrutura sólida e diversificada, onde talentos com costumes e culturas variadas consigam, a partir da complementação de ideias jovens com experientes, conquistar e se adaptar ao mercado consumidor, que exige criatividade e transformação constantes. As empresas estão compostas por pessoas com e sem deficiência e este estudo tem o foco no diagnóstico dos fatores que a pessoa com deficiência (PCD) considera importante existir no ambiente corporativo para preferir ingressar no mercado de trabalho a receber o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social. A demanda por pessoas com deficiência aumenta, pois as organizações com 100 ou mais empregados são obrigadas a ocupar de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência, habilitadas, de acordo com a proporção: de 100 a 200 empregados: 2%; de 201 a 500: 3%; de 501 a 1.000: 4%; e de 1.001 em diante: 5%, conforme o artigo 93 da Lei nº 8.213/91. Portanto, é preciso colocar em prática o respeito e a cidadania e atentar para as barreiras enfrentadas diariamente pelas PCDs, a fim de entender o que é almejado por elas, tanto para atrair e retê-las na empresa, quanto para o futuro das mesmas. Segundo Pastore, 2000 "...da sociedade moderna, se espera um maior apoio para os portadores de deficiência superarem as suas limitações. Espera-se ainda uma atitude aberta de responsabilidade social a ser compartilhada por todos, portadores e não-portadores, pois, afinal, somos membros da mesma sociedade e nenhum de nós escolheu as condições que a vida nos impôs". O objetivo geral deste trabalho foi Identificar os fatores que as pessoas com deficiência consideram importante existir no ambiente corporativo para retornarem ao trabalho nas safras da Empresa X, do município de Santa Cruz do Sul, entre abril e julho de 2013. O estudo foi realizado através de bibliografias nas áreas de Administração, Recursos Humanos, da Sociologia e Inclusão. Após a entrevista com a Gerente de Recursos Humanos e a Técnica de Programa de Inserção, que teve a finalidade de viabilizar a análise e conferir os questionamentos da pesquisa, foram realizadas entrevistas individuais com as PCDs. Com o desenvolvimento deste trabalho foi possível observar que a empresa possui um ambiente adequado, tanto na parte de segurança e acessibilidade, quanto na gestão de equipes. Os colaboradores conhecem os benefícios oferecidos, são orientados a utilizar EPIs, aprendem a desempenhar suas funções, estão satisfeitos com sua adaptação, com sua remuneração e sentem-se reconhecidos. Por outro lado, ressalta-se uma divulgação mais ampla das vagas efetivas para PCDs, a necessidade de rotação de atividades entre os cargos mapeados para as mesmas e a importância do estudo na vida destes profissionais. Fica, dessa forma, evidente o papel da área de Recursos Humanos em mapear os fatores que retêm as pessoas com deficiência e de engajar os gestores a trabalharem com atração, retenção e desenvolvimento dos talentos, já que a Empresa X preza os esforços na Gestão de Pessoas para exercer cada vez mais a responsabilidade social e práticas satisfatórias aos colaboradores, pois sabe que equipes motivadas trazem resultados positivos.