SISTEMAS DE SAÚDE: BRASIL, CANADÁ E REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

LUCIANE MARIA SCHMIDT ALVES, FATIMA PEDROSO KIPPER, JOSIANE MAINARDI

Resumo


INTRODUÇÃO: Sistema de saúde é uma construção social que tem por objetivo garantir uma combinação de recursos, financiamento, gerência e organização para que a população de um país tenha acesso a serviços disponíveis em cada sociedade, para a manutenção e a recuperação da saúde. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 consagra a saúde como direito de todos e dever do240 Estado e institui o Sistema Único de Saúde (SUS) e também legitima a atuação do setor privado de saúde. Embora tenha apresentado números impressionantes no último ano em relação à assistência em saúde, o problema do SUS está na situação de saúde que combina transição epidemiológica e nutricional acelerada, tripla carga de doenças (doenças infecciosas e carenciais, de causas externas e doenças crônicas) e uma resposta social estruturada num sistema de atenção à saúde que é fragmentado. OBJETIVO: Conhecer como funcionam os sistemas de saúde de outros países, mais especificamente Canadá e República Popular da China e fazer um comparativo com o sistema de saúde no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão de literatura com pesquisa embasada em artigos atuais (no máximo 3 anos) publicados na biblioteca eletrônica Scielo, dados do Ministério da Saúde, página da Embaixada do Canadá no Brasil e página da Embaixada da República popular da China no Brasil, onde foram analisados os diferentes aspectos que influenciam diretamente na qualidade da assistência à saúde. PRINCIPAIS RESULTADOS: Existem grandes semelhanças e diferenças entre os sistemas de saúde dos três países em relação às conquistas e ao desenvolvimento na saúde pública. O Canadá, segundo maior país do mundo, é referência em saúde pública. A assistência prestada no Canadá é de alta qualidade e tem um grande apoio político de todos os partidos, pois se envolve em atenção integral ao indivíduo e sua família, sempre pensando na promoção da saúde e no cuidado. Já a China, país mais populoso do mundo, possui um sistema de saúde considerado fragmentado, pois as reformas econômicas que promoveram o espetacular crescimento chinês dos últimos 20 anos desmantelaram a saúde pública do país. Até o ano de 2009, os chineses sofriam com os altos custos na saúde, recorrendo à milenar Medicina Tradicional Chinesa, na qual se acredita que o organismo possui a capacidade de se autocurar. Há cinco anos, o estado de calamidade na saúde pública vem diminuindo consideravelmente devido à nova Reforma de Saúde do país, que estima, até o ano de 2020, igualdade no acesso à saúde e serviços públicos de saúde com 100% de cobertura para a população chinesa. CONCLUSÕES: Embora o sistema brasileiro 240de saúde seja muito criticado, apresenta ótimas estratégias de ação para saúde, suas políticas e programas servem de modelo mundial, pois contemplam diferentes populações e suas especificidades (criança e adolescente, idoso, trabalhador, mulher, homem, entre outros), o que evidencia sua qualidade quando comparado aos outros países. O SUS possui falhas, mas não há esforços suficientes para que os problemas sejam minimizados, tanto por parte dos governantes, como dos profissionais de saúde e de seus próprios usuários, que desconhecem sua história, suas doutrinas, diretrizes e não valorizam o Sistema Único de Saúde.


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