SÍNDROME CORONARIANA AGUDA: FATORES DE RISCO E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Resumo
Introdução: A Síndrome Coronariana Aguda é a manifestação de isquemia aguda, produzida por desequilíbrio entre suprimento e demanda de oxigênio para o miocárdio, sendo, na maioria das vezes, causada por instabilização de uma placa aterosclerótica. Fazem parte da SCA: a angina instável, o infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento segmento ST e o IAM com supradesnivelamento do segmento ST. Há uma forte associação entre os fatores de risco específicos e o desenvolvimento das síndromes coronarianas, sendo estes modificáveis e não modificáveis. Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever os fatores predisponentes a SCA, medidas preventivas e complicações. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, que selecionou bibliografias datadas a partir de 2009, que sustentavam o objetivo proposto. Destaca-se que é um trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Enfermagem em Terapia Intensiva do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Santa Cruz do Sul. Resultados: A principal manifestação das SCA é a dor torácica, que o paciente tem dificuldade em240descrever e240 o histórico clínico é muito importante. Enquanto nos casos de angina instável, os episódios de dor são repetidos e de curta duração, no IAM é mais prolongado, mais intenso, pode ser acompanhado de sudorese, palidez e náuseas. Os principais fatores de risco não modificáveis para SCA são idade, gênero, história familiar e etnia; e os modificáveis lipídios séricos elevados, hipertensão arterial, tabagismo, diabete mellitus, dieta rica em lipídios saturados, colesterol e calorias, níveis de homocisteína elevados, síndrome metabólica, obesidade, sedentarismo, pós-menopausa. Para confirmação do diagnóstico, são necessários exames como ECG, marcadores, bioquímicos de necrose miocárdia, ecocargiograma, testes provocativos de isquemia, cateterismo cardíaco. A prevenção da forma inicial ou futura de trombos na coronária pode incluir a administração de medicamentos anticoagulantes/antitrombínicos e antiplaquetários, nos pacientes que evoluem para um IAM, esses agentes reduzem o fechamento completo das artérias coronárias ou evitam a formação de um coágulo mais extenso. Os principais objetivos das ações de enfermagem, junto ao paciente com SCA, são: reconhecer e avaliar sistematicamente a evolução dos sinais e sintomas relacionados à isquemia, prevenir e identificar possíveis complicações, controlar dor no peito, prevenir lesões miocárdicas, realizar balanceamento do suprimento e demanda de oxigênio no miocárdio, manter um ambiente calmo, fornecer orientação ao paciente, envolver a família no tratamento, estabelecer relacionamento terapêutico e promover o autocuidado. Conclusão: Considerando a importância da SCA, o enfermeiro é essencial no acompanhamento e avaliação do paciente, prevenindo, intervindo, focando nas necessidades de cada paciente e avaliando, frequentemente, a evolução do mesmo.
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