PREVENINDO A EXPOSIÇÃO DE CRIANÇAS À POLUIÇÃO TABAGÍSTICA AMBIENTAL: UMA AÇÃO DO PET-SAÚDE.

FATIMA PEDROSO KIPPER, ALINE BADCH ROSA, ALINE FERNANDA FISCHBORN, DANIELA KNAK, LEONARDO ANTONIO HAAR FREITAS

Resumo


INTRODUÇÃO: O tabagismo passivo é definido por alguns autores como a inalação da fumaça gerada pelo tabaco e seus derivados por indivíduos não-fumantes. A presença de fumaça originada do tabaco em ambientes fechados é ainda mais prejudicial à saúde e é denominada como poluição tabagística ambiental (PTA) (BRASIL, 2012). A fumaça exalada pelo fumante e a fumaça liberada na ponta do cigarro denominadas como corrente primária e secundária, respectivamente, são os dois principais componentes da TPA. Sendo a corrente secundária o principal poluente, por ser formada em cerca de 96% do tempo total de queima dos derivados do tabaco (ANVISA, 2009). No entanto, substâncias como o monóxido de carbono, benzeno, amônia, nitrosaminas, nicotina e outros carcinógenos podem ser encontradas em quantidades mais elevadas por não serem filtradas e devido ao fato de que o cigarro queima em baixa temperatura. Nas crianças a absorção da fumaça de cigarro pode gerar efeitos nocivos a saúde, elevando o risco de desenvolvimento de doenças no sistema respiratório como pneumonia, bronquite e exacerbação da condição asmática, maior frequência de resfriados e inflamações como a otite (BRASIL, 2009). O PET-SAÚDE, fomenta a integração ensino-serviço-comunidade, desenvolvendo novas práticas de atenção à saúde, com foco na promoção e prevenção em saúde através da realização de ações como a descrita no presente trabalho. OBJETIVO: Prevenir a exposição de crianças à poluição tabagística ambiental. METODOLOGIA: O sub-grupo Assistência Integral nas Doenças Crônicas não Transmissíveis, do projeto PET-SAÚDE: Redes de atenção, atuante no Hospital Santa Cruz, realizou uma ação na Unidade de Pediatria da instituição, a fim de orientar e conscientizar pais e responsáveis pelas crianças internadas sobre os efeitos nocivos do tabagismo passivo na infância, devido a exposição à poluição tabagística ambiental. Os três bolsistas (duas acadêmicas do curso de Enfermagem e um acadêmico do curso de Medicina da UNISC), em parceria com a preceptora (psicóloga clínica do HSC), visitaram todos os quartos da unidade e, através de abordagem direta aos responsáveis, realizaram a entrega de material explicativo e orientações sobre a importância de preservar a saúde das crianças evitando sua exposição à fumaça do tabaco e seus componentes, esclarecendo dúvidas em relação à ação e efeitos do tabagismo passivo no organismo da criança. RESULTADOS: Dos 11 responsáveis abordados, 8 eram tabagistas. Somando-se a isso, todos relataram ter algum familiar tabagista que convive com a criança. Alguns não tinham o conhecimeno dos malefícios da absorção da fumaça de cigarro por não fumantes, principalmente crianças, entretanto mesmo os familiares bem informados sobre o assunto mostraram-se surpresos com os efeitos do tabaco no organismo infantil e mostraram-se conscientes e dispostos em cumprir com o dever240 de proteger as crianças do tabagismo passivo. CONCLUSÃO: Realizar ações de orientação e de natureza preventiva,240 contribui significativamente para a conscientização e a240melhoria na qualidade de vida da população, além de reduzir grande parte dos custos decorrentes das doenças crônicas não transmissíveis relacionadas aos fatores de risco modificáveis como o tabagismo e, principalmente, evitar o sofrimento da criança como vítima dos maus hábitos do adulto.


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