EDUCAÇÃO NUTRICIONAL DO PET-SAÚDE - REDE CEGONHA EM UM GRUPO DE CRIANÇAS COM SOBREPESO E OBESIDADE DO ESPAÇO MAMÃE CRIANÇA DE VERA CRUZ - RS

CARINA GARCIA, VAGNER GIOVANI MARTINS DE OLIVEIRA, DANIELA ELÂINE ROEHRS SCHNEIDER, JANINE KOEPP, LIA GONCALVES POSSUELO

Resumo


A obesidade é considerada um grave problema de saúde pública e, pela Organização Mundial da Saúde, uma epidemia global. Esta condição cresce no Brasil, aliada ao aumento da globalização e ao progresso do país, substituindo o problema da desnutrição pelos problemas do excesso de peso e suas comorbidades, fenômeno conhecido como transição nutricional. A obesidade é resultante da ação de fatores ambientais, tais como: hábitos alimentares, atividade física e condição psicológica sobre indivíduos predispostos geneticamente a apresentar excesso de peso. O aumento de sedentarismo, excesso de ingestão de doces e gorduras, substituição de proteína vegetal por proteína animal e baixo consumo de fibras, são os principais fatores ambientais responsáveis pelo aumento da obesidade. O objetivo é verificar se a educação nutricional realizada com as crianças com sobrepeso e obesidade, em conjunto com as suas famílias, promove a melhora do estado nutricional e dos hábitos alimentares. O Grupo Qualidade de Vida na Infância é composto por 12 crianças com sobrepeso ou obesidade, destas 8 (66,67%) são do sexo feminino e 4 (33,33%) do sexo masculino, com idade de 1 a 7 anos. O atendimento nutricional foi realizado mensalmente e teve a duração de seis meses, de julho de 2013 a janeiro de 2014. O acompanhamento das crianças obesas foi constituído de cinco atendimentos nutricionais e o último encontro foi coletivo, com todas as crianças e pais reunidos. No primeiro atendimento, foi aplicado o questionário denominado de Formulário de Marcadores do Consumo Alimentar, para crianças menores de cinco anos de idade e outro para indivíduos com cinco anos de idade ou mais do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), ambos preconizados pelo Ministério da Saúde. No segundo atendimento nutricional, foram traçadas as metas a médio e longo prazo e também foram feitas as orientações nutricionais, conforme o comportamento alimentar das crianças. Além disso, receberam as orientações sobre a pirâmide alimentar, os dez passos para a alimentação saudável, as complicações associadas à obesidade infantil.240No último encontro foi apresentado e discutido os resultados, os pais relataram as principais dificuldades para alcançar as metas e realizar as mudanças necessárias no comportamento alimentar da criança. A avaliação nutricional foi realizada em todas as consultas para verificar a evolução do peso do paciente, para isso utilizou-se dois indicadores: peso para idade e índice de massa corporal para idade (IMC/I). Constatou-se através da primeira avaliação nutricional que 10 (83,33%) crianças estavam com peso elevado para idade e 2 (16,67%) com peso adequado para idade. Conforme o IMC para idade: 6 (50%) crianças estavam com sobrepeso, 5 (41,67%) com obesidade e 1 (8,33%) com obesidade grave. Após seis meses de intervenção nutricional, percebeu-se que houve melhora no IMC para idade, ou seja, 9 (75%) crianças perderam peso e obteve-se a seguinte classificação do estado nutricional: 1 (8,33%) criança com risco de sobrepeso, 5 (41,67%) com sobrepeso, 5 (41,67%) com obesidade e 1 (8,33%) com obesidade grave. Conclui-se que houve melhora do estado nutricional das crianças e também nos hábitos alimentares, através da introdução do consumo de hortaliças e frutas, no entanto, as ações educativas devem permanecer até as crianças estarem dentro dos níveis preconizados, para isso salientamos a importância da conscientização das famílias e crianças.


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