OS BENEFÍCIOS DA IMERSÃO EM ÁGUA AQUECIDA EM BEBÊS DE 0 A 12 MESES.

ADRIANA CORREA DA SILVA, KATIA MIRIAM VIEIRA ALVES CARNEIRO, LARISSY DOS SANTOS AMERICO, TAIS MARQUES CERENTINI, PATRICIA OLIVEIRA ROVEDA

Resumo


Introdução: A fisioterapia aquática vem ganhando grande espaço na vida das pessoas seja com foco preventivo ou reabilitador, pois a imersão propicia melhora na qualidade de vida e amplos benefícios sobre diversas condições. A água, enquanto elemento constituinte compõe 80% do corpo de um bebê, estando presente desde a sua ontogênese. Quando aquecida, favorece o relaxamento, aconchego e proximidade, propicia o vínculo afetivo mãe 226 pai 226 bebê e juntamente com atividades orientadas estimula o Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM), apurando os sentidos, a coordenação e a linguagem, reforçando a psicomotricidade e os reflexos. Os sentidos tátil, vestibular, auditivo e proprioceptivo são amplamente estimulados através das propriedades físicas e fisiológicas da água, promovendo consciência corporal e aperfeiçoando as percepções e reações corporais. Objetivo: Expor os benefícios da imersão em água aquecida sobre os bebês participantes do 223Projeto de Extensão Oficinas de Saúde na Hidroterapia224 226 Grupo Bebês e apresentar as características do grupo. Metodologia: Este estudo caracteriza-se como transversal descritivo, pois os resultados foram obtidos a partir da consulta nas fichas de avaliação dos bebês que frequentaram o grupo em 2013-II e 2014-I. O projeto ocorria no Complexo de Hidroterapia da Clínica Fisiounisc 226 Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) - RS, uma vez por semana com duração de 40 minutos cada aula, com temperatura da água entre 34º e 36ºC. Inicialmente todos os bebês passaram por uma avaliação fisioterapêutica, através de um questionário semiestruturado se avaliou o DNPM, possíveis contraindicações da imersão, entre outros dados. Os objetivos da atividade aquática eram explicados aos pais, assim como eram informados sobre a dinâmica do grupo, que implicava na entrada da mãe ou do pai junto ao seu bebê na piscina para realizar os procedimentos a partir da orientação da professora. Resultados: Fizeram parte 18 bebês, divididos em 3 grupos. Destes, 10 (55,55%) são do sexo feminino e 8 (44,44%) do sexo masculino, a idade no momento da avaliação variou entre 2 e 11 meses, residentes em Santa Cruz do Sul, Vera Cruz e Venâncio Aires. Quanto ao tipo de parto constatou-se, de um modo alarmante, que apenas 10% nasceram de parto natural e os outros 90% de cesariana. O DNPM dos bebês estava de acordo com a faixa etária e os objetivos dos pais era propiciar momentos de vínculo e interação, adaptação ao meio líquido e estimular o desenvolvimento motor e psíquico dos filhos. Observou-se a evolução na adaptação dos bebês e pais quanto a proposta de intervenção da equipe, uma vez que se sentiam mais seguros nos manuseios, relatavam bem-estar e alegria pela descontração proporcionada pelo ambiente coletivo acolhedor. A ampliação das capacidades cognitivas, também foi observada, pois receberam estímulos diferentes dos obtidos em solo, uma vez que a água, por si só, é um facilitador que proporciona atividades motoras e reflexas diferenciadas. Conclusão: A UNISC cumpre mais uma vez o seu papel de mediadora entre instituição comunitária de ensino e sociedade, mostrando neste trabalho de extensão, a importância da fisioterapia aquática na promoção a saúde, assim como a experiência para os bolsistas voluntários é de grande valia para sua formação humana e científica.


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