A AUTOPOIESE E O FENÔMENO DO CONHECER: PENSANDO UMA NOVA EPISTEMOLOGIA

NIZE MARIA CAMPOS PELLANDA, JENIFER ELIS SCHROEDER DE LARA DE FREITAS

Resumo


Este trabalho é de cunho monográfico, o qual teve como foco estudar o fenômeno do conhecer, voltado às pesquisas da Neurociência, compreendendo, assim, o que o envolve, e também como acontece o mesmo. Entendendo que a compreensão do fenômeno do conhecer sempre foi algo instigado pelo ser humano, esse trabalho visa analisar as teorias sobre o fenômeno do conhecer, bem como as pesquisas recentes da Neurociência para entender o que as mesmas compreendem por conhecer e aprendizagem, o que a esses envolvem e influenciam, abrangendo os aspectos biológicos. Ao entender isso, o trabalho se propõe a refletir240de que forma esse entendimento pode vir a contribuir240com a Educação, e assim, propor a criação de uma nova Epistemologia que compreenda a complexidade como elemento fundante, considerando que os seres humanos são seres autopoiéticos, extremamente complexos. Para tanto, a temática estudada visa240aliar a Neurociência com a Educação, no intuito de compreender a aprendizagem em todas as suas dimensões, e pensando essas para a criação de uma Epistemologia que perceba o educando de forma integral, possibilitando que240se torne um sujeito protagonista de sua própria história, desenvolvendo e complexificando através de reflexões feitas sobre si mesmo. Essa pesquisa é qualitativa de abordagem bibliográfica, o que possibilitou, através de240leituras, a construção de esquematizações temáticas, que me permitiram compreender os principais conceitos envolvidos. Nesse sentido, foi utilizado como norteadores do trabalho240os autores Maturana e Varela (1995 e 1997) 226 que trazem a ideia de Autopoiese 226, Damásio (1996) 226 que compreende a partir de estudos Neurocientíficos os quadros de emoções e sentimentos humanos, bem como a consciência 226, Nicolelis (2011), Morin (1986 e 1990) e Pellanda (2009). A elaboração desse trabalho tornou possível pensar sobre a necessidade de uma nova concepção de Educação,240que perceba o aluno como um ser complexo, protagonista da sua própria construção do conhecimento, implicando o viver como a essência dessa construção,240chamada aqui de 223educação perturbadora224, tendo como referência a obra de Humberto Maturana. Em virtude disso, a educação perturbadora adquire também como característica a complexidade, no intuito de tornar-se uma educação significativa. Esse trabalho240proporcionou conhecer os estudos e pesquisas recentes sobre o fenômeno do conhecer, provocando perturbações e compensações ao estudar o tema, complexificando240os saberes sobre o processo de aprendizagem, contribuindo não só para a formação acadêmica, bem como se estendendo para240a formação pessoal e social, gerando uma nova forma de ver o mundo e a vida. Com isso, essa análise240 possibilitou pensar em uma Educação voltada à Neurociência, que proporcione ambientes que promovam a complexificação dos sujeitos construtores de sua própria história.


Palavras-chave: Autopoiese, neurociência, cognição, educação e epistemologia.


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