CAMINHOS PARA DESCOBRIR UM TEXTO

CARLA REGINA LEIFFEIT, SABRINA DE MORAES, ANGELA COGO FRONCKOWIAK, ELEMAR GHISLENI

Resumo


Este resumo tem por objetivo refletir sobre as nossas práticas, decorridas entre o período de março de 2014 até o mês atual, no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência 226 PIBID/UNISC. Abordaremos questões relativas à prática docente, levando em consideração as experiências vivenciadas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias. O PIBID promove uma atividade muito eficaz no âmbito de aliar universitários e escolas em prol de um aprendizado recíproco. O Subprojeto 3 226 Letras/Português se dedica a estimular os bolsistas à realização de projetos que envolvam a oralização, o ler e o dizer, e a escrita nas escolas em que atuam. Desenvolvemos atividades na escola em forma de oficinas de aprendizagem no turno inverso, com turmas mistas de 5º, 6º e 7º anos. Tais alunos, desde o início, demonstraram bastante dificuldade com o uso da língua materna, principalmente na escrita. Diante do tamanho dos problemas, percebemos a necessidade de os alunos realizarem a cópia, para se familiarizarem com as diferentes formas que os gêneros textuais apresentam. Vários poemas e textos curtos eram levados para que eles lessem e escolhessem algum para ler e copiar. Em seguida, passamos a exigir mais dos alunos: pedíamos que escrevessem tópicos e opiniões sobre textos e poemas que levávamos (tínhamos sempre um dicionário em mãos para quando tivessem dúvidas com determinadas palavras). Lendo seus textos, pudemos perceber quais as palavras que mais deixavam dúvidas e com essas fizemos um 223jogo224, no qual a mesma palavra estava escrita certa e errada. Ao final da atividade, percebemos que, comparativamente, eles conseguiam identificar quais das opções deveriam escolher. A dificuldade surgia durante a escrita, quando a única fonte de conhecimento a que podiam recorrer era o conhecimento prévio. Procuramos usar a mesma temática através de vários gêneros textuais para que organizassem suas ideias de forma linear. Em geral, a escola, por uma série de fatores, acaba desenvolvendo uma prática distante da ação/reflexão e da realidade dos alunos, não facilitando o processo de escrita. Acreditamos que construir repertório seja a melhor forma de os discentes adquirirem conhecimento sobre variados assuntos. Fazer com que os alunos melhorem suas competências relativas à elaboração de um texto é um de nossos principais objetivos. Esperamos que, com as diversas ideias e estratégias que apresentamos, eles sejam capazes de criar textos e, acima de tudo, que os textos criados revelem a capacidade de imaginação de cada uma das crianças. Através dessa experiência, pudemos constatar as dificuldades de escrita e o quanto esse processo é complexo, exigindo de nós, bolsistas, uma maior reflexão sobre a realidade escolar, percebendo que cada aluno possui um tempo de aprendizado distinto e que isto precisa ser considerado. Com as oficinas realizadas, entendemos que a união entre a universidade e a escola é uma possibilidade de melhorar essa aprendizagem deficiente, além de agregar conhecimento à nossa formação.


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