GRUPO DE CUIDADORES DO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA NÍVEL INTERMEDIÁRIO: A CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO DE REFLEXÃO

ANA JULIA VOGNACH, BRUNA VALQUIRIA BAIERLE, CAROLINE BRANDAO PEREIRA, GRAZIELA KLAUCK, MARCUS VINICIUS CASTRO WITCZAK, PAULA KARINE SCHUCK

Resumo


GRUPO DE CUIDADORES DO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA NÍVEL INTERMEDIÁRIO: A CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO DE REFLEXÃO


INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde (2001), deficiência é o substantivo atribuído a toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica. É designado 223pessoa com deficiência224 todo aquele que tem um ou mais problemas de funcionamento, embargando com isto dificuldades a vários níveis: de locomoção, percepção, pensamento ou relação social (decreto MS nº 3298/99). Cuidar de alguém com deficiência exige conhecimentos mínimos com os cuidados, além de demandar tempo e paciência, pois geralmente soma-se a outras atividades do dia-a-dia, onde este cuidador fica sobrecarregado. Diante da inexperiência com os cuidados as dificuldades iniciais são mais intensas, estabilizando-se com o decorrer dos aprendizados, e adaptando-se as novas situações. Por vezes, assumindo a responsabilidade única e constante dos cuidados, adicionando-se a isto o peso emocional que incapacita e traz sofrimento àquela pessoa. A tarefa de cuidar é geradora de desgastes físicos e emocionais (SELIGMANN-SILVA, 2011) e pode vir a acarretar estresse, tristeza pela irreversibilidade da situação do dependente (em alguns casos), dificuldade e/ou conflitos nas relações familiares, inclusive passar por períodos de depressão. Isto é prejudicial não somente ao cuidador e a família como um todo, bem como à própria pessoa cuidada. OBJETIVO: Entendendo a importância do cuidador também ser cuidado, para que possa exercer melhor suas tarefas, a Psicologia insere-se no Serviço de Reabilitação Física Nível Intermediário 226 SRFis, realizado na Clínica FisioUNISC, através de acompanhamento direto com o paciente, como também realiza grupos de psicoterapia com os cuidadores. METODOLOGIA: Dentro desta possibilidade de trocas, os participantes podem partilhar não somente angústias, medos e dificuldades, mas também conversar sobre expectativas, formando assim uma rede de apoio mútua. Assim, esta metodologia de trabalho privilegia o atendimento integral ao cuidador e consequentemente a pessoa com deficiência. Criando um espaço onde o mesmo possa trocar experiências, informações e sentimentos em grupo, e juntamente com o auxílio terapêutico venha a se constituir como espaço de reflexão. RESULTADOS: A construção de estratégias pessoais e grupais para amenizar a sobrecarga no processo de cuidar, potencializando a prevenção dos desgastes e a busca por uma melhor qualidade de vida. CONCLUSÕES: Dessa forma, o grupo torna-se um facilitador para os processos do cuidar, apresentando-se como potencializador da auto-estima, assim, fortalecendo os laços afetivos entre cuidador e quem necessita ser cuidado (OSÓRIO, 2013). Percebendo no grupo que o outro também tem dificuldades, e superações, instala-se a esperança em que o progresso do outro é incentivo para si.240


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