GRUPO DE CUIDADORES DO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA NÍVEL INTERMEDIÁRIO: A CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO DE REFLEXÃO
Resumo
GRUPO DE CUIDADORES DO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA NÍVEL INTERMEDIÁRIO: A CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO DE REFLEXÃO
INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde (2001), deficiência é o substantivo atribuído a toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica. É designado 223pessoa com deficiência224 todo aquele que tem um ou mais problemas de funcionamento, embargando com isto dificuldades a vários níveis: de locomoção, percepção, pensamento ou relação social (decreto MS nº 3298/99). Cuidar de alguém com deficiência exige conhecimentos mínimos com os cuidados, além de demandar tempo e paciência, pois geralmente soma-se a outras atividades do dia-a-dia, onde este cuidador fica sobrecarregado. Diante da inexperiência com os cuidados as dificuldades iniciais são mais intensas, estabilizando-se com o decorrer dos aprendizados, e adaptando-se as novas situações. Por vezes, assumindo a responsabilidade única e constante dos cuidados, adicionando-se a isto o peso emocional que incapacita e traz sofrimento àquela pessoa. A tarefa de cuidar é geradora de desgastes físicos e emocionais (SELIGMANN-SILVA, 2011) e pode vir a acarretar estresse, tristeza pela irreversibilidade da situação do dependente (em alguns casos), dificuldade e/ou conflitos nas relações familiares, inclusive passar por períodos de depressão. Isto é prejudicial não somente ao cuidador e a família como um todo, bem como à própria pessoa cuidada. OBJETIVO: Entendendo a importância do cuidador também ser cuidado, para que possa exercer melhor suas tarefas, a Psicologia insere-se no Serviço de Reabilitação Física Nível Intermediário 226 SRFis, realizado na Clínica FisioUNISC, através de acompanhamento direto com o paciente, como também realiza grupos de psicoterapia com os cuidadores. METODOLOGIA: Dentro desta possibilidade de trocas, os participantes podem partilhar não somente angústias, medos e dificuldades, mas também conversar sobre expectativas, formando assim uma rede de apoio mútua. Assim, esta metodologia de trabalho privilegia o atendimento integral ao cuidador e consequentemente a pessoa com deficiência. Criando um espaço onde o mesmo possa trocar experiências, informações e sentimentos em grupo, e juntamente com o auxílio terapêutico venha a se constituir como espaço de reflexão. RESULTADOS: A construção de estratégias pessoais e grupais para amenizar a sobrecarga no processo de cuidar, potencializando a prevenção dos desgastes e a busca por uma melhor qualidade de vida. CONCLUSÕES: Dessa forma, o grupo torna-se um facilitador para os processos do cuidar, apresentando-se como potencializador da auto-estima, assim, fortalecendo os laços afetivos entre cuidador e quem necessita ser cuidado (OSÓRIO, 2013). Percebendo no grupo que o outro também tem dificuldades, e superações, instala-se a esperança em que o progresso do outro é incentivo para si.240
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