CUIDANDO DO CUIDADOR: UM GRUPO TERAPÊUTICO

DEISE GABRIELA FRANTZ, ESTER ETGES ALTERMANN

Resumo


Introdução: Atualmente o domicílio é visto como um espaço onde as pessoas com deficiências, sejam elas idosas ou não, podem viver e conviver com boa qualidade de vida e manter-se240estável frente ao seu estado de saúde. A partir desta concepção,240o cuidar em casa, ou seja, o cuidador familiar, 240tem se tornado cada vez mais frequente no cotidiano das famílias. Este cuidado 240requer carinho, respeito mútuo, solidariedade, iniciativa e coragem, por parte de quem se dispõe a essa atividade, em especial os cuidadores. O cuidador é a figura importante na promoção e na transformação social dos pontos mais frágeis dos indivíduos que estão sob sua responsabilidade, os quais necessitam ser assistidos em sua casa o que, de certa forma, amplia a inserção para o contexto familiar, social e estrutural das residências. 240Objetivos: Buscar através da comunicação entre o profissional e o cuidador a qualificação, a segurança e a resolutividade no atendimento ao paciente, envolvendo os aspectos subjetivos, psicossociais e culturais do cuidador, na melhoria e fortalecimento da rede. Compartilhar experiências entre os cuidadores sobre assuntos gerais do cotidiano que os afetam e que possam ser alicerce para o dia a dia de suas atuações. 240Metodologia: Esta pesquisa está vinculada ao Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde PET- Redes de Atenção, do grupo Rede de Cuidado às Pessoas com Deficiência: Habilidades de comunicação e práticas integrativas na acessibilidade e inclusão no processo de trabalho às pessoas com deficiência. A pesquisa iniciou através de visitas domiciliares no município de Santa Cruz do Sul, pela Secretaria Municipal da Saúde. Foi aplicado um questionário aos moradores que fossem cuidadores de pessoas com deficiência. O cuidador respondeu perguntas à seu respeito e da pessoa cuidada e, ao final, responderam se aceitavam ou não participar de um grupo terapêutico. Os entrevistados foram selecionados através dos critérios: deveriam cuidar de uma pessoa que possuísse alguma deficiência e ser um cuidador informal. Resultados: Foram entrevistados 40 cuidadores e destes, 15 aceitaram participar do grupo terapêutico. O grupo terapêutico consiste e se organiza de forma na comunicação entre o profissional e o cuidador, envolvendo os aspectos subjetivos, psicossociais e culturais do cuidador. Desta forma se está conseguindo organizar e fortalecer 240este grupo de cuidadores e estabelecer uma rede de apoio mútuo e compartilhado. Conclusão: O cuidador familiar240 de pessoas acamadas 240deficientes ou incapacitantes, precisa de orientação e explicações240à respeito de como abordar determinadas situações e também 240quando acontece o 240inesperado com o paciente. Há necessidade do compartilhamento do trabalho, evitando que este seja executado sozinho por 24 horas. O cuidador é um sujeito que,240muitas vezes, encontra-se em situação de vulnerabilidade, por isso, necessita de auxílio e apoio físico e emocional.


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