MODELAGEM ATÔMICA COM MATERIAIS ALTERNATIVOS

ANGELO QUOOS, NADIA DE MONTE BACCAR, WOLMAR ALIPIO SEVERO FILHO, ANA LUCIA BECKER ROHLFES

Resumo


Introdução: Muitos dos conteúdos de Química são de difícil assimilação pelo aluno por tratarem de objetos de estudo invisíveis. O estudo do átomo é um desses conteúdos e componente indissociável no currículo de Química da educação básica. A partir das propriedades atômicas, explicam-se vários fenômenos. O modelo atômico de Bohr, apesar de ter sido substituído pelo conceito de átomo estabelecido através de estudos da mecânica quântica, ainda hoje é útil para explicar várias propriedades das substâncias. Segundo Bohr, o átomo é constituído por um núcleo denso formado por prótons e nêutrons; e por uma eletrosfera, em que os elétrons encontram-se girando em órbitas organizados em níveis de energia. Quanto mais distante do núcleo, maior é a energia de um elétron. A emissão de cor por uma substância, quando aquecida, foi explicada por Bohr ao dizer que o elétron, ao receber energia externa, salta para uma camada mais externa de energia. No momento que esse elétron retorna ao seu nível de energia original ele libera essa energia na forma de fótons. A explicação de conceitos como raio atômico, energia de ionização e ligações químicas torna-se facilitada quando nos apoiamos no átomo organizado de Bohr. Objetivo: O aluno do final do Ensino Fundamental pode não conseguir criar imagens de algo tão pequeno como o átomo. As figuras e ilustrações são recursos úteis, no entanto, podem causar interpretações errôneas a respeito do átomo. Nessa perspectiva, aplicou-se a modelagem atômica a uma turma de alunos da 8ª série da Escola Educar-se, durante o Estágio em Química, e aos alunos frequentadores das oficinas do Pibid Química. Metodologia: Para a modelagem atômica, reutilizou-se materiais ao invés de comprar novos. Antes da modelagem, demonstrou-se aos estudantes a teoria de Bohr, utilizando apresentação em Power Pont e ilustrações. Os alunos, em seguida, organizaram-se em grupos (a quantidade de alunos por grupo variou de acordo com o tamanho do átomo a ser construído) e cada grupo recebeu um elemento químico do qual deveriam representar o átomo. Para a confecção dos prótons, elétrons e nêutrons utilizou-se jornal e fita crepe. Os pedaços de jornal foram amassados e envolvidos por fita crepe, formando pequenas esferas que posteriormente foram pintadas. Para representar o núcleo usou-se uma bola de isopor onde os prótons e nêutrons foram fixados. As camadas de energia foram representadas por círculos de arame, onde os elétrons foram fixados, respeitando o número de elétrons por camada de cada elemento químico. Para fixar o conjunto camadas eletrônicas-núcleo foram utilizados palitos de churrasco. Além da modelagem, fez-se o teste de chama com os estudantes para que, a partir de pesquisa, pudessem relacionar os resultados do mesmo com o modelo de Bohr. Resultados: A partir dos átomos confeccionados e dos resultados das pesquisas, pode-se concluir que a aula foi proveitosa aos estudantes. Conclusão: A construção do átomo, mesmo que em tamanhos desproporcionais (sabendo que o núcleo de um átomo é cerca de 100000 vezes menor do que sua eletrosfera) caracteriza-se como uma estratégia útil na difícil tarefa dos professores de Química de criar imagens do fantasticamente pequeno.


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