RELATO DE EXPERIÊNCIA EM GERENCIAMENTO EM SAÚDE

LUANA MACHADO SILVEIRA, GERUSA BITTENCOURT

Resumo


A Residência Integrada em Saúde - RIS proporciona diferentes aprendizagens, sendo o estágio em Gerenciamento uma das formas de conhecer como se dá a organização da gestão municipal de saúde. Neste trabalho, faremos um relato de nossa vivência ao conhecer a Gerência Distrital de Saúde Partenon/Lomba do Pinheiro-GDPLP e da sua organização, visto que Porto Alegre se organiza por Distritos Sanitários e estes por Gerências Distritais. O Objetivo Geral deste estudo é relacionar teoria e prática em relação ao Gerenciamento em Saúde. Segundo o Dicionário On-Line, gerenciar significa administrar, gerir negócios, bens e serviços. Partindo deste pressuposto, gerenciar exige conhecimento, ainda mais na área da saúde, pois administrar uma Gerência Distrital em Saúde envolve o bem mais precioso que existe: a vida. A equipe da gerência tem por objetivo acolher às demandas das unidades de saúde e ajudar a resolver problemas administrativos, técnicos, assistenciais e interpessoais, bem como realizar apoio Institucional diretamente às unidades, via e-mail ou telefone. Para tanto, a Educação Permanente se dá em reuniões, oficinas, rodas de conversa e, sobretudo, no dia a dia, proporcionando renovação do conhecimento técnico. Os gestores locais são frequentemente acionados por demandas legais, a exemplo da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), pois cabe à Gerência Distrital conduzir todos os processos oriundos dos recursos humanos. O controle social mantém uma relação bem próxima à Gerência, sendo que as lideranças comunitárias participam constantemente das ações gerenciais e dos conselhos locais das unidades, havendo diálogo aberto e contínuo entre gestor, usuários e trabalhadores. A experiência que obtivemos por meio do estágio na GDPLP foi muito importante, pois a equipe esteve aberta a receber o residente, que, devido ao acolhimento, conseguiu absorver mais do que apenas a prática tem a oferecer. Ainda pudemos relacionar a aula teórica em Gestão, que apresentou os modelos de gestão e a organização dos setores que compõem a administração pública, com a prática realizada. O modelo de organização atualmente utilizado é o da pirâmide que, segundo Cecilio (1997), aproxima o modelo tecno-assistencial escolhido no Brasil à formulação do Sistema Único de Saúde. Nesse modelo, a base seria a atenção básica, o nível intermediário, a atenção secundária, e no ápice da pirâmide estaria o hospital, nível terciário de atenção à saúde. Essa opção ocorreu a fim de melhorar a hierarquia de recursos, bem como distribui-los de forma equânime, pois a ideia era garantir acesso ao serviço integral e universal a todos. Nossa vivência teve como foco o trabalho da gerência junto às Unidades Básicas de Saúde e Estratégias de Saúde da Família, a ênfase da RIS é em Atenção Básica, porém, a gerência responde por todos os equipamentos de saúde de seu território, seja em nível primário, secundário ou terciário. As características de gestão de Porto Alegre descentralizam o poder e a resolução dos problemas administrativos através das Gerências e, para um município com alta densidade populacional, essa estratégia permite uma visão mais territorial, propiciando à gerência maior proximidade dos serviços, dos trabalhadores e, por consequência, dos usuários.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.