CINESIOTERAPIA COMO TRATAMENTO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA: UM ESTUDO DE CASO

TAIS MARQUES CERENTINI, FERNANDA ALVES CARNEIRO, KATIA MIRIAN CARNEIRO, ANA CRISTINA SUDBRACK

Resumo


Introdução: A incontinência urinária (IU) é definida como a perda involuntária de urina, de forma perceptível, que acarreta um problema de ordem psicológica, e/ou social. É mais prevalente em mulheres com mais de 60 anos, constituindo o tipo mais frequente a incontinência de esforço. Sua etiologia frequentemente é multifatorial, sendo que a predisposição está relacionada ao climatério, gestação, parto vaginal, alterações neurológicas e bioquímicas, presença de doenças como diabetes mellitus, infecções urinárias, depressão, entre outros. Esta desordem possui efeitos significativos na vida social e nas atividades diárias do paciente, trazendo mudanças na maneira como este conduz a sua participação nas relações sociais, causando impacto no modo como se envolve em determinadas atividades e grupos. Objetivo: A proposta deste estudo foi verificar a melhora na qualidade de vida, física e psicológica, de uma mulher diagnosticada com incontinência urinária, através do King´s Health Questionnaire (KHQ). Materiais e Métodos: Uma paciente do sexo feminino foi selecionada aleatoriamente, a partir de um grupo inicial, formado por mulheres que se inscreveram como voluntárias na clínica FisioUnisc. A voluntária escolhida respondeu ao questionário KGQ, traduzido para língua portuguesa em duas etapas, antes e ao final da aplicação do protocolo fisioterapêutico, sendo o primeiro aplicado em 2009 e o segundo em 2010. As sessões duravam cerca de 50 minutos, nas quais eram realizados exercícios para o assoalho pélvico. Resultados: No decorrer deste estudo, foi possível observar a melhora no quadro da paciente, através da cinesioterapia, sendo significante sua evolução quando comparadas as respostas no início e ao término do tratamento. Na primeira avaliação da paciente, em 2009, quando questionada a respeito de ficar ansiosa ou nervosa com seu problema na bexiga, a resposta foi "ficava muito ansiosa", já na avaliação realizada em dezembro de 2010, a paciente relatou que o problema a deixava "um pouco ansiosa ou nervosa". Quando a pergunta abordou o uso de protetor higiênico, na primeira aplicação do questionário, a paciente relatou usá-lo sempre, já no segundo, relatou que passou a utilizá-lo algumas vezes. Quanto aos sentimentos, em 2009, a idosa referiu estar deprimida em relação a seu problema na bexiga, já ao final da aplicação do protocolo fisioterapêutico, ela mencionou que não se sentia mais deprimida. Assim como a melhora psicológicas, se observou um progresso quanto aos sintomas apresentados pela paciente, em relação à urgência, ou seja, quando indagada se a forte vontade de urinar era muito difícil controlar, no primeiro questionário, a senhora descreveu que um pouco, já no segundo, ela não sentia mais essa urgência. Quanto à noctúria, a paciente passou de levantar muito à noite para urinar, em 2009, para um pouco em 2010. A paciente também avaliou seu estado de saúde em 2009 como bom, já na aplicação do segundo questionário ela respondeu que era normal. Conclusão: Conclui-se que entre o término do tratamento cinesioterapêutico e a aplicação do questionário final observou-se uma melhora significativa, tanto em relação à incontinência quanto ao seu estado psicológico da paciente, propiciando melhora em sua qualidade de vida.

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