A INCIDÊNCIA DE ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ALUNOS DE UMA ESCOLA ESTADUAL DE SANTA CRUZ DO SUL

LISIANE LISBOA CARVALHO, BARBARA HELLEN PEREIRA, BRUNA TAIS FERREIRA, LITIELE EVELIN WAGNER, PATRIK NEPOMUCENO

Resumo


INTRODUÇÃO: A postura é definida como uma atitude característica de sustentar o próprio corpo. Grande parte dos problemas posturais tem origem na infância e pode permanecer até a idade adulta, levando a problemas osteomusculares significativos, sendo assim, o diagnóstico precoce é de extrema importância, a fim de evitar alterações futuras que necessitem de correções cirúrgicas. Durante a infância, o tecido ósseo se adapta de acordo com a carga aplicada sobre ele, possuindo grande quantidade de colágeno, dessa forma há maior tolerância à deformação plástica e menor resistência à compressão. Sendo assim, devido às posturas inadequadas, os indivíduos em fase de crescimento são mais susceptíveis às deformações. O fisioterapeuta, com auxilio da avaliação postural, identifica os desvios posturais e suas possíveis causas, contribuindo de forma preventiva e terapêutica. OBJETIVO: Analisar a incidência de alterações posturais em alunos de uma escola estadual do município de Santa Cruz do Sul - RS. METODOLOGIA: Estudo transversal de caráter quantitativo que avaliou escolares da Escola Estadual Nossa Senhora do Rosário, Santa Cruz do Sul - RS. A coleta de dados foi realizada através de avaliação postural. O período da coleta foi de abril a junho de 2015, através de saídas de campo, realizadas na disciplina de Prevenção em Saúde I do curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC. RESULTADOS: A amostra foi composta por 21 alunos, com 8 anos de idade, havendo prevalência do gênero feminino (52, 4%). Os resultados foram tabulados no programa Microsoft Excel 2013, sendo as alterações mais relevantes encontradas na coluna vertebral e ombro. Ombro: Depressivo (23, 8%), Protrusão (33, 4%); Coluna Torácica: Retificação (4, 8%), Hipercifose (4, 8%); Coluna Lombar: Hiperlordose (28, 5%); Coluna Vertebral: Desvio lateral (9, 5%). A prevalência das alterações encontradas tanto em ombros quanto na coluna vertebral podem estar relacionados a fatores como, sobrecarga da mochila escolar, o peso máximo da mochila não deve ultrapassar os 10% do peso corporal, transporte de materiais como livros pesados, má postura em classe, mobiliário inadequado da sala de aula ou a fatores fisiológicos do crescimento. CONCLUSÃO: Concluímos que nos escolares avaliados há presença de pequenas alterações posturais, porém, significativas, que requerem atenção, a fim de evitar complicações futuras. Em razão disso destaca-se a importância da intervenção fisioterapêutica em escolas, com ações de prevenção e promoção da saúde visando a um crescimento saudável até a vida adulta.


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