A INCIDÊNCIA DE ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ALUNOS DE UMA ESCOLA ESTADUAL DE SANTA CRUZ DO SUL
Resumo
INTRODUÇÃO: A postura é definida como uma atitude característica de sustentar o próprio corpo. Grande parte dos problemas posturais tem origem na infância e pode permanecer até a idade adulta, levando a problemas osteomusculares significativos, sendo assim, o diagnóstico precoce é de extrema importância, a fim de evitar alterações futuras que necessitem de correções cirúrgicas. Durante a infância, o tecido ósseo se adapta de acordo com a carga aplicada sobre ele, possuindo grande quantidade de colágeno, dessa forma há maior tolerância à deformação plástica e menor resistência à compressão. Sendo assim, devido às posturas inadequadas, os indivíduos em fase de crescimento são mais susceptíveis às deformações. O fisioterapeuta, com auxilio da avaliação postural, identifica os desvios posturais e suas possíveis causas, contribuindo de forma preventiva e terapêutica. OBJETIVO: Analisar a incidência de alterações posturais em alunos de uma escola estadual do município de Santa Cruz do Sul - RS. METODOLOGIA: Estudo transversal de caráter quantitativo que avaliou escolares da Escola Estadual Nossa Senhora do Rosário, Santa Cruz do Sul - RS. A coleta de dados foi realizada através de avaliação postural. O período da coleta foi de abril a junho de 2015, através de saídas de campo, realizadas na disciplina de Prevenção em Saúde I do curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC. RESULTADOS: A amostra foi composta por 21 alunos, com 8 anos de idade, havendo prevalência do gênero feminino (52, 4%). Os resultados foram tabulados no programa Microsoft Excel 2013, sendo as alterações mais relevantes encontradas na coluna vertebral e ombro. Ombro: Depressivo (23, 8%), Protrusão (33, 4%); Coluna Torácica: Retificação (4, 8%), Hipercifose (4, 8%); Coluna Lombar: Hiperlordose (28, 5%); Coluna Vertebral: Desvio lateral (9, 5%). A prevalência das alterações encontradas tanto em ombros quanto na coluna vertebral podem estar relacionados a fatores como, sobrecarga da mochila escolar, o peso máximo da mochila não deve ultrapassar os 10% do peso corporal, transporte de materiais como livros pesados, má postura em classe, mobiliário inadequado da sala de aula ou a fatores fisiológicos do crescimento. CONCLUSÃO: Concluímos que nos escolares avaliados há presença de pequenas alterações posturais, porém, significativas, que requerem atenção, a fim de evitar complicações futuras. Em razão disso destaca-se a importância da intervenção fisioterapêutica em escolas, com ações de prevenção e promoção da saúde visando a um crescimento saudável até a vida adulta.
Apontamentos
- Não há apontamentos.