ESTUDO DOS BENEFÍCIOS DA ESTIMULAÇÃO NERVOSA ELETRICA TRANSCUTÂNEA (TENS) E ULTRASSOM PARA O TRATAMENTO DA DOR FANTASMA
Resumo
Introdução: A dor fantasma é um fator que interfere diretamente na recuperação de pessoas amputadas, além de dificultar na acomodação do paciente ao uso de próteses. Muitas pessoas são capazes de sentir sensações em partes amputadas, e estas variam desde rigidez, dor, parestesia (formigamento), calor, coceira, força muscular e até a presença do membro. A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) é uma técnica analgésica simples e não invasiva que permite o ajuste da frequência de repetição, largura do pulso, intensidade ou amplitude da corrente e tempo de estimulação. Estudos apontam que a estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS) pode beneficiar cerca de 60% dos doentes com dor fantasma e no coto de amputação, por ser uma modalidade não invasiva, atua nas terminações nervosas, reduzindo os reflexos aferentes. O ultrassom terapêutico é um recurso geralmente aplicado nos distúrbios do sistema musculoesquelético, como na aceleração do reparo tecidual de lesões musculares. As oscilações de ondas cinéticas ou mecânicas produzidas pelo transdutor vibratório, que aplicado sobre a pele atravessa e penetra no organismo em diferentes profundidades, dependendo da frequência, que pode variar de 0, 75 a 3, 0 MHz. Objetivo: Pesquisar o uso da Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea e Ultrassom, utilizando-os para o tratamento da dor musculoesquelética sobre membros amputados, agindo nas terminações nervosas, e reduzindo os reflexos aferentes, que contribuem para o aparecimento e permanência da dor fantasma. Metodologia: Este trabalho, então, trata de uma pesquisa de base bibliográfica, científica e de análise, através da busca por termos e palavras-chave como: Dor Fantasma, TENS, Eletroterapia, durante o período de 2014 e 2015. Principais resultados: As propedêuticas demostram resultados positivos melhorando na percepção do coto, e estimulando as vias nervosas que ficam congestionadas na ruptura abrupta, que é a perda de um membro, ou parte do corpo. A utilização da TENS, gera estímulos aos nervos que rodeiam a área afetada, diminuindo a confusão do sistema nervoso central em relação ao membro ou parte do corpo acometido. Já o US, condiz ao aumento da vascularização local, que proporciona a melhora da condução dos estímulos nervosos, o que provoca consequentemente a redução da dor fantasma. Conclusão do trabalho: Os efeitos produzidos pela corrente dependem de inúmeros fatores, tais como: a intensidade, tempo de exposição, estado fisiológico do objeto, entre outros. Estas opções de tratamento são vantajosas por possuírem menores índices de complicações e efeitos colaterais. Porém, é perceptível a necessidade de um suporte psicológico pré e pós-operatório, para as pessoas que sofreram qualquer tipo de amputação. O próprio fato do paciente estar recebendo atenção do fisioterapeuta, independentemente da técnica que está sendo empregada, por muitas vezes pode ser o suficiente para que seja desencadeado uma resposta emocional que poderá influenciar positivamente, na melhora da dor sofrida pelo paciente. Durante o período de recuperação é necessário também que a pessoa se encontre em um ambiente adequado, que faça uso o quanto antes de próteses, e retorne rápido às atividades cotidianas e profissionais, para reduzir a ocorrência da síndrome da dor fantasma.
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