Introdução: O Serviço de Reabilitação Física (SRFis), da Universidade de Santa Cruz do Sul, é um serviço desenvolvido junto à Clínica de FisioUNISC vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), englobando 68 municípios dos Vales de Rio Pardo, Taquari e Jacuí. Este programa conta com uma equipe multidisciplinar composta por docentes, funcionários e acadêmicos, das áreas de fisioterapia, enfermagem, psicologia, serviço social, terapia ocupacional, fonoaudiologia e medicina, juntos na busca de um objetivo comum, ou seja, assistir o paciente de forma integral proporcionando um tratamento digno e respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo. Este serviço possui atendimentos para várias finalidades. Entre elas, encontra-se a amputação, no qual é a perda total ou parcial de um membro. Com a ausência do membro ou membros, surgiu a necessidade de substituir a região perdida pela prótese, oportunizando ao usuário a ter sua autonomia nas suas funções diárias, melhorando a sua qualidade de vida. Junto a esse paciente, está a ansiedade de recompor a perda do membro, retornar as suas atividades de uma forma mais próxima do normal, se tornando independente. A pré-protetização é uma etapa da reabilitação física do usuário amputado, e tem como finalidade recuperar a funcionabilidade do (s) membro (s) afetado (s) reintegrando-o à sociedade. Este é um processo delicado, onde o mesmo poderá encontrar-se ansioso à espera de maior independência física e ao mesmo tempo poderá deparar-se com dificuldades relacionadas à adaptação, como a presença de dor, desconforto e limitações da prótese. Objetivo: Compreender a importância e a eficácia da equipe multidisciplinar para pacientes amputados na fase de pré-protetização, buscando melhorar a qualidade de vida e reinserindo estes usuários na sociedade. Metodologia: O trabalho consiste em um estudo de acompanhamento, realizado no SRFis, e de apoio, com base na literatura, buscando artigos científicos, período de janeiro de 2010 a junho 2015, abordando questões ligadas à importância da equipe multidisciplinar na fase de pré-protetização dos usuários amputados. Resultados: De maneira geral, a amputação é vivenciada como uma fase de desorganização, tanto da vida pessoal, profissional e social. Portanto, a equipe multiprofissional deve atuar, buscando ajudar o usuário a ter uma melhora na sua autoestima. Esta ajuda seria melhorar a função e fortalecer a musculatura através de exercícios dos membros, avaliar sintomas e intensidade do sofrimento psíquico dos pacientes, promover escuta ao familiar/cuidador, orientar sobre alimentação saudável, além da realização de curativos quando necessário e orientações sobre autocuidado e condutas a serem adotadas em domicílio. Também se faz necessário, auxiliar o usuário nas mudanças de suas percepções negativas, fazendo com que o mesmo tenha um olhar otimista em relação a esta nova fase de sua vida. Conclusão: Desse modo, vemos o quão importante é o papel da equipe multiprofissional, cuidando, acolhendo e possibilitando ao usuário uma reinserção na sociedade de forma sadia, possibilitando até mesmo o seu retorno ao mercado de trabalho, ajudando-o a enxergar a importância da pré-protetização, para que, por conseguinte, possa fazer o uso da prótese.