PERCEPÇÃO DO BEM-ESTAR MENTAL DOS TRABALHADORES DA ÁREA DA SAÚDE NO MUNICÍPIO DE RIO PARDO

Autores

  • ALINE WIESIOLEK GUERREIRO UNISC
  • MAIANA DE OLIVEIRA FERREIRA UNISC
  • DENIS BENDER GEHRKE UNISC
  • JANE DAGMAR POLLO RENNER UNISC
  • SILVIA DA ROSA UNISC
  • EDNA LINHARES GARCIA UNISC
  • ANGELA CRISTINA FERREIRA DA SILVA UNISC

Resumo

Introdução: O PET saúde é um programa de educação pelo trabalho que tem como objetivo promover a formação de grupos de aprendizagem tutorial para desenvolvimento de atividades no SUS (Sistema único de Saúde). Os profissionais que atuam no setor público de saúde estão expostos a formas de precarização, tais como: oscilações políticas e de planejamento que geram descontinuidade de projetos em curso, mudanças na organização do trabalho ou na natureza das ações de atenção, que se chocam com o sentido e as crenças que os trabalhadores têm em relação ao desenvolvimento do seu trabalho. Pode-se entender que esta precarização os expõe a um intenso sofrimento, devido à perda da continuidade da narrativa pessoal e profissional, que dá aos trabalhadores sentido e coerência ao seu trabalho e que os protege social e psiquicamente. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi Identificar o aparecimento de transtornos mentais relacionados aos trabalhadores da saúde do município de Rio Pardo -RS. Metodologia: A pesquisa foi realizada com profissionais das secretarias de saúde e de Trabalho, Cidadania e Assistência Social de Rio Pardo, ESF's, UBS's, unidade de saúde central CREAS, CRAS, CAPSI E CAPS, de setembro a novembro de 2014, no município de Rio Pardo. O método utilizado foi o quantitativo, com aplicação de um questionário contendo perguntas relacionadas ao trabalho e à saúde mental. No total, foram entregues 136 questionários, mas apenas 86 foram respondidos por profissionais de dezenove áreas. Resultados: A média de idade dos que responderam ao questionário foi de 38 anos, com prevalência do sexo feminino, 81, 4%. A profissão mais predominante foi agente comunitário, 32, 6%, seguido de técnico de enfermagem, 12, 8% e psicólogo, 9, 3%. Ao ser questionado o tempo de formação, 53, 5% estão formados há menos de 10 anos, sendo 54, 7% concursados. Dos participantes, 34, 9% trabalham em ESF'S e 17, 4% na Secretaria de saúde, 57% trabalham a menos de dez anos no local e a carga horária prevalente foi de 40h semanais. Dos participantes, 22% utilizam algum tipo de droga, sendo citado cigarro, medicamentos e álcool. De 86 questionários respondidos, 24, 4% apresentaram respostas positivas para sofrimento mental, ansiedade e depressão e utilização de medicamentos para tratamento. Conclusão: Apesar deste estudo não poder ser generalizado, em outros contextos similares pode-se identificar fenômeno semelhante, pois já existem inúmeros estudos mostrando a influência do trabalho no desgaste psíquico dos trabalhadores da saúde. Contudo, ainda há muito o que pesquisar, uma vez que o processo de adoecimento é multifatorial e dinâmico. Assim sendo, é necessário, ainda, o incentivo à realização de pesquisas nessa área.

Biografia do Autor

  • ALINE WIESIOLEK GUERREIRO, UNISC
    UNISC
  • MAIANA DE OLIVEIRA FERREIRA, UNISC
    UNISC
  • DENIS BENDER GEHRKE, UNISC
    UNISC
  • JANE DAGMAR POLLO RENNER, UNISC
    UNISC
  • SILVIA DA ROSA, UNISC
    UNISC
  • EDNA LINHARES GARCIA, UNISC
    UNISC
  • ANGELA CRISTINA FERREIRA DA SILVA, UNISC
    UNISC

Publicado

2015-10-21

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde