ESTADO DE EQUILÍBRIO E FORÇA DE IDOSOS PRATICANTES DA OFICINA DO MOVIMENTO

JULIA CARVALHO PAZ, URSULA MULLER, URSULA MULLER, ROBERTA KLIEMANN

Resumo


Introdução: O processo de envelhecimento é algo natural, que vai ocorrendo com o nosso corpo dia após dia; já que é inevitável envelhecer, o organismo começa a apresentar algumas limitações. As modificações neuromotoras acabam por afetar o equilíbrio e a coordenação, fatores que são importantes quando relacionados às quedas na terceira idade. Controlar a composição corporal também se faz necessário, uma vez que o excesso de peso está relacionado a muitas doenças degenerativas, o que prejudica a qualidade de vida do idoso. Objetivo: Buscou-se avaliar os estados de equilíbrio e força de quadríceps de idosos praticantes de atividade física, bem como comparar a classificação de seu IMC. Metodologia: Para este trabalho, foram avaliados 19 idosos de ambos os sexos, entre 60 e 78 anos, que praticam duas horas semanais de atividade em diferentes turmas da oficina do movimento, que é realizada na Universidade de Santa Cruz do Sul, através do Projeto Ações para o Envelhecimento com Qualidade de Vida. Os testes utilizados foram: levantar da cadeira em 30s e equilíbrio em 30s, descritos por Rikli e Jones (1999) e Williams e Grenne (1990), respectivamente; realizou-se também a avaliação antropométrica de peso e altura para a observação do IMC em sua classificação normal descrita pela OMS e também a tabela que classifica o IMC específico para idoso descrita por Lipschitz (1994). Os materiais usados foram uma cadeira, fita métrica Cardiomed, balança digital Plenna e cronômetro Condor ranger-pro. Resultados: Foram analisados e observados os resultados quanto às médias de classificação por idade e sexo. Quando avaliados em relação a seu equilíbrio, 16 idosos estão acima da média e três abaixo; com relação ao teste de sentar e levantar da cadeira, nenhum idoso está acima da média, quatro estão na média e 15 abaixo dela. Com relação ao IMC, a maioria dos idosos apresenta excesso de peso, comparando à classificação, dois idosos diferem nas duas tabelas observadas. Diante do resultado auferido por meio da aplicação dos testes, percebe-se que os idosos do presente grupo apresentam um bom equilíbrio, porém, quando avaliados em relação à força de quadríceps, a maioria fica abaixo da média para a sua idade, já ao observarmos o IMC, as duas tabelas apresentam uma boa relação. Conclusão: A partir do exposto e de acordo com a literatura consultada, acreditamos que as atividades desenvolvidas na oficina do movimento, devem voltar-se mais ao desenvolvimento e manutenção da força, tendo em vista o melhor estado de equilíbrio da maioria dos idosos avaliados. A oficina mantém, assim, o objetivo de melhorar ainda mais as capacidades para as atividades diárias e independência funcional dos envolvidos. Quanto ao IMC, há relação positiva entre as tabelas, a diferença nas classificações se dá em função de a tabela específica dar uma margem maior de peso, levando em consideração a idade dos indivíduos, observa-se, ainda, que se faz necessária uma maior atenção para com o excesso de peso dos indivíduos. Também seria interessante associarmos um trabalho de intervenção a este estudo, a fim de verificarmos a eficiência da atividade física nos padrões observados.


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