ANALISE DE SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS CADEIRANTES DO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA

ANA PAULA TREIBER PINTO, GIELI OLIVEIRA DE LORETO, EUNICE MARIA VICCARI , Rafael Kniphoff da Silva, ANGELA CRISTINA FERREIRA DA SILVA, JOAO KESSLER

Resumo


Introdução: O Serviço Projeto Reabilitação Física (SRFis) é desenvolvido junto à Clínica FisioUNISC e oferece os seguintes dispositivos: órteses, próteses e meios de locomoção, como cadeiras de rodas, cadeiras de banho e cadeiras motorizadas (CRs) aos usuários do Sistema Único de Saúde pertencentes aos 68 municípios da Macro Região dos Vales. A entrega das CRs é realizada mensalmente, momento em que são socializadas as principais orientações quanto ao correto uso das CRs e a necessidade de manutenção, para que a sua vida útil seja ampliada e mantenha-se segura e adaptada ao usuário, premissas de uso que são importantes para qualificar e permitir melhora da qualidade de vida do cadeirante, sua segurança e acessibilidade. Objetivo: Analisar quantitativamente a percepção e a opinião dos usuários cadeirantes sobre a entrega pública das CRs. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, que ocorreu no dia da entrega pública das CRs aos usuários, a partir de uma ficha de satisfação instituída pela Pró-Reitoria de Extensão, contendo um questionário com perguntas abertas e fechadas. As perguntas são de caráter avaliativo questionando o motivo que levou o usuário a optar pelo projeto, como avalia a equipe que o integra, as atividades desenvolvidas, a infraestrutura, o material de apoio, entre outros fatores que constituem o serviço prestado. Além disso, permite sugestões, críticas e/ou elogios ao projeto e á Universidade, de forma anônima. Resultados: Após a consolidação dos dados obtidos, nas questões fechadas, as respostas foram: 41.30% apontaram que a qualidade do serviço os levou a buscar essa atividade na UNISC, já a proximidade de casa foi apontada por 17, 24%. Quanto à atividade trazer algum benefício à vida dos usuários, a resposta de todos foi sim e o motivos foram a dimensão pessoal (bem-estar individual, qualidade de vida, saúde), que obteve 69, 23%, seguida pela dimensão social (convívio com outras pessoas) com 26, 92%. Quanto ao atendimento recebido da equipe, 91, 30% o consideram Ótimo; sobre a infraestrutura física disponível e o material de apoio para o desenvolvimento das atividades, consideram ótimos (80, 95 %) e bons (19, 05 %). Às perguntas abertas, 43, 48% não responderam sobre como sua inserção no projeto mudou sua vida, no seu grupo e/ou comunidade e 30, 43% apontam o projeto como algo que mudou sua vida; 62.50% não apontaram nenhuma crítica ou elogios, ficando com 37.50% os muitos elogios advindos dessa pesquisa. Considerações Finais: Chama atenção o fato da independência e da qualidade de vida como alterações no cotidiano do paciente, 8, 70%, e 17, 35%, respectivamente, talvez por alguns dependerem de seus cuidadores e/ou familiares ou, ainda não terem a percepção de que a CR é um meio de locomoção e que pode trazer mais autonomia. Entretanto, julga-se que esse estudo cumpriu seu papel enquanto institucionalizado, mas carece de adequação para a clientela desse serviço, para que os pacientes possam expressar seu sentimento frente ao uso da CRs. Diante disso, sugere-se a inserção de um espaço aberto onde o usuário possa expressar o significado da sua CR, a partir do seu recebimento, pois se tem percebido expressões ricas e significativas do ponto de vista da acessibilidade, da Tecnologia Assistiva e da qualidade de vida, mas todas de maneira informal e, se fossem expressas formalmente, poderiam subsidiar outras reflexões e ações, inclusive teóricas, no Serviço.


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