PRESENÇA DE OBESIDADE NOS PAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS NUM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIO

BRUNA HILGEMANN, FABIANA ASSMANN POLL, FRANCISCA MARIA ASSMANN WICHMANN, GISELE MAIARA LEISMANN

Resumo


Introdução: A obesidade é um distúrbio nutricional caracterizado pelo aumento de massa adiposa, sendo um dos principais problemas de saúde pública atualmente, e que acomete tanto a população adulta como a população jovem. A obesidade infantil, considerada a doença nutricional que mais cresce no mundo e a de mais difícil tratamento, é desencadeada por vários fatores, dentre eles, o desmame precoce, a introdução inadequada de alimentos, a inatividade física e a obesidade dos pais, que pode ser considerada um dos principais fatores de risco, pois há a influência dos hábitos alimentares e da herança genética; ocorrendo na infância, o risco do indivíduo permanecer com excesso de peso ou obesidade na vida adulta é maior, assim como de outras doenças associadas que podem se desencadear. O projeto de extensão "Promoção de modos de vida saudáveis nas doenças crônicas e obesidade: da infância ao envelhecimento humano", contempla o ambulatório "Vida Leve", que tem como objetivo o trabalho multidisciplinar entre os cursos de nutrição e medicina no atendimento e acompanhamento ambulatorial de crianças e adolescentes com excesso de peso, atuando no tratamento e promoção de saúde nessa faixa etária. Objetivo: Identificar a presença de obesidade nos pais de crianças e adolescentes obesos atendidos no ambulatório Vida Leve. Metodologia: Esta é uma pesquisa de natureza quantitativa. Os dados de peso e estatura dos pais foram questionados durante a primeira consulta da criança (ao pai e/ou mãe) e foi, posteriormente, calculado e classificado o índice de massa corporal (IMC). Também foram incluídos na pesquisa os dados (que estavam devidamente preenchidos) dos pacientes atendidos no ambulatório, que funciona junto ao Serviço Integrado de Saúde (SIS) da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), no período de julho de 2014 até agosto de 2015. Resultados: A amostra foi constituída dos dados de 56 crianças e adolescentes. Os resultados obtidos através da análise são: 69, 64% (n=39) das crianças tinham pais obesos, sendo que destes, 28, 57% (n=16) ambos eram obesos, 21, 43% (n=12) somente o pai era obeso e em 19, 64% (n=11) somente a mãe era obesa, já 30, 36% (n=17) não tinham os pais obesos. Conclusão: Com base na análise dos resultados obtidos através dados coletados nos prontuários, é possível observar uma maior prevalência entre a presença de obesidade dos pais em relação à obesidade dos filhos. Muitos podem ser os fatores que levam a este resultado, como fatores psicológicos, socioeconômicos, genéticos e principalmente a influência dos pais no estilo de vida dos filhos em termos de dieta e exercício físico. Para tanto, programas de combate à obesidade infantil devem estar voltados a todo conjunto familiar. O conhecimento, incentivo e aplicação dos pais quanto às boas práticas alimentares é muito importante para minimizar o quadro de obesidade apresentado pelas crianças atualmente, sendo de extrema importância uma intervenção adequada para toda família.


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