REABILITAÇÃO BUCAL PROTÉTICA EM UM PROJETO DE EXTENSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
A perda dentária devido à cárie e à doença periodontal é um agravo prevalente na população brasileira, sendo condição frequente na população de baixa renda. A ausência de um ou mais dentes causa no indivíduo uma diminuição da capacidade mastigatória, dificulta e limita o consumo de diversos alimentos, podendo afetar também a pronúncia das palavras. Além disso, a aparência do sorriso é fator de exclusão social, dificultando ainda mais a estas pessoas o acesso ao mercado de trabalho e ao tratamento igualitário a que tem direito todo o ser humano, porém devolução dos dentes perdidos através de um tratamento protético possui alto custo, podendo este ser inviável aos grupos menos favorecidos. Direcionando este olhar à população de baixa renda de Santa Cruz do Sul, foi proposto pelo Curso de Odontologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) um projeto, através do qual a população de baixa renda também fosse beneficiada com tratamentos odontológicos reabilitadores, devolvendo a qualidade de vida a estas pessoas. O objetivo do presente trabalho é relatar a experiência do atendimento aos pacientes no projeto "Reabilitando Sorrisos em Busca uma Melhor Qualidade de Vida da População", com ênfase na reabilitação com próteses dentárias. O atendimento aos pacientes é realizado na Clínica de Odontologia da UNISC por acadêmicos selecionados que já tenham concluído as disciplinas básicas de prótese, ou seja, a partir do 9° semestre de graduação do curso de odontologia e sob a orientação do professor Roque Alécio Pegoraro. Primeiramente, a assistente social realiza uma avaliação socioeconômica, pois apenas os pacientes de baixa renda podem ter acesso aos atendimentos no projeto, onde recebem todo o tratamento, sem custos, e são posteriormente avaliados quanto à necessidade protética. O projeto realiza colocação de pinos intracanais, próteses fixas, próteses totais e em alguns casos próteses provisórias acrílicas, priorizando sempre a saúde bucal do paciente, os requisitos mecânicos e biológicos necessários para a colocação de cada tipo de prótese e também a devolução da função mastigatória e da estética ao paciente; em média, são atendidos dez pacientes a cada semestre. O número reduzido de pacientes beneficiados com o tratamento protético é baixo devido aos inúmeros passos e ao tempo necessário para a confecção das próteses, porém é possível cumprir a demanda de pacientes, pois à medida que o tratamento destes é concluído, são reabertas novas vagas à comunidade. A experiência no projeto torna possível a percepção da melhoria na estética dentária e consequentemente na autoestima desses pacientes, pois devolve muitas funções perdidas ou limitadas devido à ausência dos dentes.
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