MONITORAMENTO DAS MEDIDAS DE GLICEMIA CAPILAR DE JEJUM E RAZÃO CINTURA-ESTATURA EM IDOSOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 COMO PREDITORES DO RISCO CARDIOVASCULAR

AMANDA LUISA KESSLER, CINDI ZAGO DA SILVA, DAIANE GERVASONI, MARLA CARINE CONTE, FABIANA ASSMANN POLL, FRANCISCA MARIA ASSMANN WICHMANN

Resumo


Introdução: Nos últimos anos, a elevada incidência da Diabetes Mellitus tipo 2 adquiriu características epidêmicas em vários países, aumentando a necessidade de pesquisas sobre ferramentas de monitoramento dos fatores preditores do risco cardiovascular, sendo a medida de glicemia capilar e da relação cintura e estatura são métodos importantes para acompanhar e prevenir possíveis complicações relacionadas à DM2. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a medida da glicemia capilar em jejum (GCJ), a relação cintura/estatura (RCE) e investigar, retrospectivamente, as variações nos níveis de glicose sanguínea em idosos que utilizam hipoglicemiantes, por meio da estimativa de prevalências e do estudo da ocorrência simultânea dos fatores de risco entre os idosos atendidos no Serviço Integrado de Saúde - SIS UNISC. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual foram avaliados 28 idosos de ambos os sexos, atendidos no Programa de Promoção de Modos de Vida Saudáveis nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Obesidade: Da Infância ao Envelhecimento Humano, da Universidade de Santa Cruz do Sul, UNISC, em 2015. As variáveis estudadas foram idade, gênero, glicemia capilar, índice de massa corporal, relação estatura/cintura e ação dos fármacos, compilados por meio de formulário e a mensuração da pressão arterial e a glicemia capilar de jejum (GCJ) foram verificadas pelo serviço de saúde. Resultados: Como resultados, obtivemos: a média de idade foi de 69, 2 (dp+8, 2), prevalecendo o sexo feminino com 78, 1% dos idosos, dos quais cinquenta e três (53, 6%) tiveram sua GCJ - 140 mg/dl e trinta e cinco (35, 6%) GCJ entre 110 e 140 mg/dl; destes, quando avaliados retrospectivamente, 88, 8% apresentam níveis de GCJ com índices flutuantes e altos. Quanto aos pacientes que apresentavam índices hiperglicêmicos, a maior parte era constituída por mulheres com idade entre 60 e 80 anos, já no que se refer aos parâmetros idade, glicemia capilar, índice de massa corporal, relação cintura e estatura, os dois grupos foram comparados entre si e os valores constituíram-se estatisticamente maiores (p- 0, 01) no grupo com GCJ entre 110 e 140mg/dl. No que tange à classe de medicamentos, prevaleceu a das biguanidas (30, 8%), seguida das sulfoniluréias (21, 7%) e da junção das classes biguanidas e sulfoniluréias(21, 7%). Por meio deste estudo, foi constatado que os pacientes com DM2 diagnosticada demostraram flutuações nos níveis de glicemia capilar elevada, mesmo com uso de medicamentos hipoglicemiantes e que as variações eram maiores do que nos pacientes que apresentaram concomitante hipertensão, tais dados são indicadores da necessidade de acompanhamento de pacientes com as doenças derivadas da síndrome metabólica, adequação de medicamentos para o controle das doenças e aumento de cuidados com obesos e idosos, principalmente portadores de hipertensão, além de maior atenção para as mulheres obesas com hiperglicemia. A relação causa/efeito entre esses fatores se confunde, pois um problema pode gerar outro, sendo que o segundo pode agravar o primeiro, originando um possível terceiro problema, ocasionando um círculo vicioso. Conclusão: Conclui-se que a elevada prevalência de idosos diabéticos, associada à obesidade central encontrada, alerta para a necessidade de adoção de programas de promoção de saúde e prevenção de doenças cardiometabólicas e cardiovasculares, medidas gerariam um ganho expressivo em qualidade de vida para esses pacientes e também diminuiriam os


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