Introdução: O câncer de Colo de Útero é o terceiro câncer mais frequente entre as mulheres e uma importante causa da mortalidade feminina. Sabe-se que este tipo de câncer é causado, na maioria das vezes, pela infecção por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV), bem como a via sexual é a principal fonte de transmissão do vírus. Recentemente, a vacinação contra HPV foi disponibilizada gratuitamente para meninas de nove a onze anos de idade; hoje, a prática encontra-se no calendário vacinal e deve ser realizada em meninas ao completarem nove anos de idade, pois é de fundamental importância que elas não tenham entrado em contato com HPV antes da vacinação. O esquema vacinal é composto por três vacinas, sendo a segunda dose realizada seis meses após a primeira dose e a terceira, após cinco anos, levando-se em consideração a data da primeira vacina. Diante disso, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de duas bolsistas do Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde) durante uma de suas atividades de prevenção ao câncer, a fim de sanar dúvidas e prestar orientações a meninas em idade vacinal contra HPV e aos familiares que as acompanhavam, em uma unidade de saúde durante a campanha de vacinação. Considerando-se a idade das crianças, presumiu-se que estas não conheçam a doença, assim como desconhecem a maneira de transmissão e os cuidados para evitá-la. Metodologia: Este estudo trata-se de um relato de experiência sobre a vivência de duas acadêmicas da área da saúde, durante suas atividades como bolsistas do projeto PET-Saúde: Estratégias de Prevenção do Câncer: um enfoque na atenção básica para ações de vigilância e diagnóstico precoce, em promoção de saúde. A ação ocorreu em março de 2015 em uma Unidade de Saúde, na cidade de Venâncio Aires/ RS, para tanto, as bolsistas utilizaram um sábado de intensificação da vacinação contra o HPV no município e esclareceram dúvidas sobre a vacina contra o HPV, abordando também assuntos como Câncer do Colo de Útero e doenças sexualmente transmissíveis. As informações foram repassadas individualmente a meninas de nove a onze anos, com a presenç§a de seus acompanhantes. Destaca-se que houve preenchimento e assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos familiares responsáveis pelas crianças, autorizando a participação na atividade. Conclusão: Observou-se que muitas meninas que participaram das orientações desconheciam o assunto, principalmente quando questionadas sobre a forma de transmissão do vírus HPV. Contudo, a maioria revelou acreditar que é importante continuar frequentando um médico regularmente, mesmo após a realização da vacina. Em relação aos familiares, notou-se a satisfação ao acompanhar as informações repassadas; ao abordar questões de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, percebeu-se, na maioria das vezes, singelo constrangimento perante o assunto, o que demonstra a necessidade da abordagem do tema, a fim de conseguir que ele seja tratado com mais naturalidade. A experiência mostra a relevância da promoção e proteção à saúde perante práticas de prevenção, sobretudo com a divulgação de informações à população. Nesse sentido, a prática se revelou muito enriquecedora, tanto para as crianças e seus responsáveis, que adquiriram conhecimento, quanto para as bolsistas, que tiveram a oportunidade de aperfeiçoar sua capacidade de transmitir orientações, uma vez que o exercício da promoção em saúde deve permear sempre a atividade de todos os profissio