Introdução: Na vida moderna, as preocupações com as responsabilidades no ambiente laboral podem levar o trabalhador a circunstâncias indesejadas e situações de desconforto, que se refletem no bom andamento da instituição, principalmente quando nos referimos a uma unidade hospitalar, que, por si, lida dia e noite com problemas de saúde. Como consequência, ocorre a instalação de estresse e cansaço, que se refletem e se somatizam em diferentes partes do corpo, gerando dor e mal estar, sendo a ginástica laboral (GL) uma das ferramentas preventivas adotadas com sucesso, pois melhora a qualidade de vida dos colaboradores institucionais, bem como auxilia na prevenção de Distúrbios Osteomioarticulares Relacionados ao Trabalho e Lesões por Esforços Repetitivos (DORT/LER), atua nas estruturas anatômicas e fisiológicas, previne e corrige alterações posturais, ameniza a dor muscular e reabilita colaboradores já atingidos pelos distúrbios posturais. Contudo, os benefícios não se restringem somente aos funcionários, que têm na GL uma das possibilidades de prática de atividades físicas em uma unidade hospitalar, como é o caso do Hospital Santa Cruz (HSC), há, também, modificações nas finanças e nos recursos humanos com a implantação do programa, gerando aumento na produtividade, redução de acidentes no trabalho e nas ausências ao trabalho. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo descrever a percepção de dor, antes e após a implantação da GL, as atividades das quais os usuários mais gostam e o nível de satisfação dos profissionais do HSC contemplados com este programa. Método: Este é um estudo de caráter semi-experimental, realizado com 74 trabalhadores em atividade laboral regular, sendo 66 do sexo feminino, com idade entre 16 e 62 anos, de diversos setores do HSC, localizado na região do Vale do Rio Pardo/RS. Para avaliação da percepção de dor e satisfação com o programa de GL foi aplicado um questionário. As atividades de GL foram iniciadas no mês de abril de 2015, sendo que as sessões realizadas no turno da manhã, três vezes por semana, com duração de quinze minutos, incluem alongamento, exercícios funcionais, resistência muscular localizada e relaxamento, desenvolvidas especificamente em cada setor do HSC, com ou sem utilização de materiais didáticos e equipamentos auxiliares, potencializadores dos efeitos dos exercícios. Também foram utilizadas atividades lúdicas, em dupla ou em grupo, trazendo a música como recurso atrativo aos participantes. As atividades executadas variaram de acordo com cada setor de trabalho, conforme a situação do contexto físico, iluminação, temperatura, ventilação e ruído. Os dados foram analisados através do programa SPSS v. 20.0, pela estatística descritiva (frequência e percentual), já a comparação da dor, antes e após o programa de GL, foi avaliada pelo teste de Fisher, considerando significativos os valores de p-0, 05. Resultados: Observou-se que os sujeitos perceberam, após o programa de GL, uma redução significativa na dor do pescoço (p-0, 001), no ombro (p-0, 001), no braço (p=0, 002), nas costas (p=0, 002), na bacia (p=0, 011), no joelho (p=0, 001) e na perna (p-0, 001). Com relação ao nível de satisfação com o projeto, 56, 8% atribuíram nota dez e 28, 4% nota nove (mediana=10, 0) e como atividades que os sujeitos mais gostaram na GL foram citados o alongamento (28, 4%) e a massagem (26, 6%). Conclusão: Após o início do programa de GL os sujeitos perceberam redução da dor em várias partes do corpo, além disso, é elevada a sa