REABILITAÇÃO ESTÉTICA MULTIDISCIPLINAR: UM RELATO DE CASO

Resumo

Na prática odontológica, a estética, há muito tempo, deixou de ser uma preocupação secundária por parte dos pacientes. Na maioria dos casos, a principal queixa é justamente a beleza do sorriso, em detrimento da funcionalidade ou saúde na cavidade oral. Assim, é importante que o Cirurgião-Dentista esteja sempre trabalhando para que seu paciente seja o mais saudável possível, o que também se relaciona com o bem-estar e a autoestima do mesmo. No "Projeto Reabilitando Sorrisos: em busca de uma melhor qualidade de vida da população", busca-se atender às necessidades estéticas dos pacientes da melhor maneira possível, tendo em vista que estes são, essencialmente, pessoas que não possuem os recursos para um tratamento dispendioso e estão dentro das possibilidades técnicas e orçamentárias do projeto. Neste relato, Sr. A.A.F, 42 anos, sexo masculino, fumante e sem problemas sistêmicos relevantes ao tratamento, em princípio, estava em tratamento na disciplina de Dentística II, onde já havia manifestado seu desejo de melhorar sua situação estética, pois apresentava extensas restaurações antigas em dentes anteriores, assim como o dente 21 fraturado no terço médio e de coloração cinza azulada, um dente extranumerário na região do 22, deslocado no sentido palatino, e o dente 12 com cárie extensa, subgengival e condenado à extração, além de perdas dentárias posteriores e uma oclusão nada satisfatória do ponto de vista funcional. Nas primeiras consultas do paciente, foram confeccionados os modelos de estudo, realizados exames clínicos e radiográficos e elaborado o plano de tratamento, que consistia, primeiramente, na produção de uma prótese parcial acrílica (PPA) modificada com uma mola ortodôntica, para repor a futura perda do elemento 12 e para tração do dente 22. Com a prótese previamente pronta, passou-se para a fase de extração do dente extranumerário, juntamente com o dente 12, momento em que PPA foi instalada e a partir do qual foi aguardada a recuperação do paciente. Após duas semanas, a mola ortodôntica foi ativada e o acompanhamento passou a ser semanalmente, momento em que a mola ortodôntica era ativada. Em algumas semanas o dente 22 já se encontrava numa posição satisfatória, então, interrompeu-se a ativação da mola e manteve-se a PPA para fins de contensão. Depois dessa fase do tratamento, o elemento 21 foi abordado com técnicas de clareamento interno e externo por quatro sessões, uma por semana, antes da aplicação de cimento de hidróxido de cálcio por uma semana, com o dente já mais claro, e possibilitando o prosseguimento do tratamento, que consistiu na realização de facetas diretas em resina acrílica fotopolimerizável de cor A2. Com as facetas, o perfil do sorriso do paciente foi sensivelmente modificado, o que não foi despercebido por ele, que se emocionou ao ver o resultado. Atualmente, o caso encontra-se em fase de conclusão e a proposta é a confecção de uma Prótese parcial removível, que será realizada neste semestre, para sanar as perdas dentárias posteriores e a falta do elemento 12 de forma mais adequada.