USO DO PEELING DE ÁCIDO GLICÓLICO E VITAMINA C NO TRATAMENTO DE MELANOSE SOLAR: UM ESTUDO DE CASO

ARIANE BARBON BIANCHINI, LITHIELY SANTOS RAMOS, TASSI FRANCIELI BRAGA DE VARGAS, CLAUDIA MARIA SCHUH, CLAUDIA REGINA MULLER

Resumo


Introdução: As melanoses solares constituem-se em uma doença pré-maligna da pele, que ocorre por meio de um processo degenerativo causado pelo sol, que incide sobre a pele ao longo da vida. A apresentação da doença ocorre na forma de manchas escuras, de coloração castanha ou marrom, geralmente pequenas, que podem chegar a alguns centímetros de tamanho, nascidas apenas nas áreas que ficam expostas ao sol, como a face, dorso das mãos e dos braços, colo e ombros, e decorrentes do aumento do número dos melanócitos e da sua atividade, produzindo mais melanina e causando as manchas. A melanina, sintetizada nos melanócitos, a partir da tirosina, requer um tratamento que pode ser realizado de várias maneiras, dentre elas, os peelings químicos, como o ácido glicólico e a vitamina C. O primeiro é derivado da cana de açúcar e possui a melhor capacidade de absorção da pele, por ser de menor peso molecular; tem o poder de aumentar a estrutura da epiderme e do colágeno e auxiliar na penetração de outros ativos, já a vitamina C atua de forma a estimular a formação do colágeno, que é naturalmente produzido pela pele, e restitui a elasticidade, sendo bastante utilizada para clarear as manchas. Objetivo: O objetivo deste trabalho é verificar os efeitos de um protocolo de tratamento para melanose solar, que visou à promoção da melhora no aspecto da coloração das manchas e promover melhora da qualidade de vida para a paciente. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, qualitativo, realizado no laboratório de estética e cosmética da UNISC, de abril a julho de 2015. Para composição da amostra, foi selecionada uma voluntária do sexo feminino, de 48 anos, portadora de melanose solar que preenchia os critérios de inclusão para o estudo. Após o aceite da voluntária em participar do estudo, houve a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, e deu-se início aos atendimentos. Foram realizadas quatro sessões, com intervalo de sete dias entre elas, nos quais foi adotado o uso de pelling químico de ácido glicólico a 30%, o qual permanecia na pele por dez minutos, também foi utilizada a vitamina C tópica na mesma sessão. O atendimento era finalizado com aplicação de protetor solar, após, a paciente era orientada a realizar tratamento domiciliar com uso de hidratante contendo niacinamida 5%, que reduz a hiperpigmentação e uniformiza o tom da pele, e ácido ferúlico 0, 5%, um potente antioxidante que previne o dano causado pela radiação UV, além do uso de protetor solar; ainda foram realizados registros fotográficos no início e no término do tratamento. Resultados: Através da análise dos registros fotográficos anteriores e posteriores ao tratamento, observou-se o clareamento das manchas localizadas nas regiões malares e zigomáticas em ambas as hemifaces da paciente, além de um afinamento epidérmico, o que tornou as rugas mais superficiais. Conclusão: Conclui-se que o envelhecimento da pele é um fenômeno inexorável, o que implica no desenvolvimento de várias afecções cutâneas. Felizmente, com o aumento da vida média da população, há um crescente interesse na dermatologia, inclusive com o surgimento de novas modalidades terapêuticas, possibilitando controle e/ou cura de várias dermatoses. As alterações visíveis na pele dos indivíduos podem ser percebidas através do envelhecimento cutâneo propriamente dito e/ou envelhecimento de pele devido à radiação ultravioleta, conhecido como fotoenvelhecimento.


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