IDENTIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS E CLÍNICO-FUNCIONAIS DE IDOSOS PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO PROMOÇÃO DE MODOS DE VIDA SAUDÁVEL NA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, RS.

ALINE WIESIOLEK GUERREIRO, CARINA DA ROSA MASSIRER, MIRIAM BEATRIS FROEMMING

Resumo


INTRODUÇÃO: O declínio funcional, presença de comorbidades, alterações nos pés e o ambiente são alguns dos principais fatores de risco de quedas nos idosos, merecendo atenção especial. A queda no idoso é um evento comum, que pode acarretar uma série de consequências, como medo de sofrer novas quedas, dependência física, institucionalização e, frequentemente, o óbito, devido às complicações no pós-cirúrgico, quando há ocorrência de fratura. OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo identificar condições ambientais e clínico-funcionais de idosos participantes do projeto de extensão Promoção de Modos de Vida Saudável, da Universidade de Santa Cruz do Sul, RS. METODOLOGIA: Para este estudo, idosos participantes do projeto de extensão Promoção de Modos de Vida Saudável na Universidade de Santa Cruz do Sul, participam das atividades de grupo e foram avaliados através de testes contidos na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa/Ministério da Saúde, a qual serve como principal referência para avaliação multidimensional do idoso neste projeto de extensão. Os seguintes testes são aplicados rotineiramente pelos bolsistas do curso de Fisioterapia em todos os idosos participantes, objetivando identificar características relativas à funcionalidade: velocidade da marcha, quedas e índice do risco de quedas, avaliação ambiental, avaliação dos pés e identificação de dor crônica, avaliações que ocorreram nas dependências do SIS-Serviço Integrado de Saúde, em dias e horários em que ocorrem as atividades, já os idosos que recebem atendimento domiciliar foram avaliados em seu próprio domicílio, com agendamento prévio. A coleta ocorreu no mês de junho de 2015. RESULTADOS: Foram avaliados sete idosos participantes do grupo e quatro que recebem visitas domiciliares, dos quais se observou que, do total, três haviam caído, sendo dois dentro de casa e um fora; dois precisaram de ajuda para levantar e procuraram o serviço de saúde. Na avaliação ambiental, a maioria tem em sua residência áreas de locomoção desimpedidas, com boa iluminação, mas não há degraus uniformes com sinalização e barras de apoio nas escadas e corredores. Na avaliação dos pés, os problemas identificados foram: unha encravada e espessa, hálux valgo (joanete), micoses, sobreposição dos dedos, calosidade, rachaduras e presença de dormência. Na avaliação da dor, cinco idosos eram acometidos nos membros superiores, na região cervical e lombar e no ombro direito. Nos idosos avaliados em domicílio, foi possível verificar a velocidade da marcha, sendo visto que três não conseguem realizar o trajeto de seis metros em menos de cinco segundos. Quanto aos marcadores de vulnerabilidade, dois relatam que parentes dizem que estão esquecidos, um, que o esquecimento atrapalha nas atividades de vida diária e que está desanimado, dois tiveram duas ou mais quedas nos últimos meses, três apresentam dificuldade para caminhar, dois com incontinência urinária, um com problema de audição e dois com cinco ou mais doenças crônicas, resultados que são comparados/associados com as condições clínicas e nutricionais dos idosos, feitas pelos bolsistas dos cursos de Enfermagem e Nutrição e discutidos de forma interdisciplinar. CONCLUSÃO: Conclui-se que a avaliação clínico-funcional e ambiental nos idosos é fundamental para a identificação dos declínios funcionais e dos fatores preditores de quedas. Salienta-se, ainda, que a avaliação das condições de saúde do idoso é multidimensional e deve ser feita sempre em equipe interdisci


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