ATIVISMO NA REDE: A WEBSÉRIE COMO PRÁTICA JORNALÍSTICA EXPERIMENTAL

FABIANA QUATRIN PICCININ, ISADORA TRILHA DOS SANTOS SOUZA, NATANY PAZ BORGES

Resumo


Este estudo discute como o ativismo urbano, conceito que busca propagar o engajamento da sociedade enquanto agente transformador do meio em que vive, vem se consolidando no Brasil e no mundo. Em especial entre os jovens, o movimento tem como premissa chamar atenção para os problemas urbanos e sociais de forma criativa e engajada. Neste contexto, ativistas organizam ações e projetos em que atentam para a necessidade de uma mudança de atitude, a fim de tornar o meio urbano um lugar mais positivo e melhor para se viver. Através da realização de uma websérie jornalística intitulada Ativismo na Rede, o presente trabalho aborda do que se trata o conceito e como iniciativas feitas de maneira voluntária influenciam as cidades e os cidadãos que nelas vivem. De maneira mais restrita, também foi executada uma verificação sobre como o ativismo se manifesta em cidades da região, como Santa Cruz do Sul, e na Capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Na esteira desse processo, projetos encabeçados por jovens ativistas como o Salva-Dia e o Que Ônibus Passa Aqui? são abordados na websérie realizada para a disciplina de Projeto Experimental do Curso de Comunicação Social - habilitação Jornalismo. Para compor os dois episódios postos em prática, foram entrevistados os solidários envolvidos na causa, como Luciano Braga, porto-alegrense e criador do coletivo Shoot the Shit, responsável pelo projeto Que Ônibus Passa Aqui?. Já no caso do Salva-Dia, buscou-se os seus criadores, os santa-cruzenses Cristiano Rocha, Gustavo Petry e Carolina Schiel. Ainda para contextualizar o tema, foi ouvido o sociólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Eber Marzulo, que analisa como o ativismo urbano vem se colocando na sociedade ao longo dos anos. Com a intenção de ampliar o alcance, uma fanpage no Facebook também foi criada. Na plataforma, as novidades, os erros de gravação e os episódios prontos eram divulgados. Para dar conta do assunto, também foi executada uma pesquisa bibliográfica que trouxe autores como Mazetti (2006), que afirma que o ativismo intervém no cenário urbano questionando mensagens e lançando outras de cunho progressista. A realização desse trabalho, portanto, possibilitou que as acadêmicas, autoras do estudo, pudessem formar um importante tripé da vida acadêmica formado por ensino-pesquisa-extensão. A experiência fez com que ambas pudessem desfrutar de estímulos diferentes daqueles vivenciados no jornalismo diário e também na sala de aula. A inserção na ideia do ativismo urbano proporcionou, ainda, um despertar das alunas enquanto agentes transformadores da sociedade. Observar a cidade e interagir com ela é fundamental para que haja o compartilhamento de novas ações, a fim de transformar o meio urbano.


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