A RECEPÇÃO DAS NOTÍCIAS DA EDITORIA DE RURAL PELOS AGRICULTORES FAMILIARES DE CANDELÁRIA

Resumo

Introdução

Esta pesquisa, de caráter qualitativo, teve como objetivo entender se os conteúdos que a população rural de Candelária recebe, através dos meios de comunicação, colaboram no dia a dia das práticas agrícolas. A partir disso, o trabalho procurou saber: como as pessoas recebem as informações da editoria rural? Se elas reelaboram as informações? Qual é a distância entre o meio de comunicação e os receptores? A mídia e nela as informações sobre e para o rural auxiliam na construção do conhecimento para a atividade produtiva agropecuária?. Antes da prática, o trabalho abordou o histórico da agricultura no Brasil, da agricultura familiar, da família rural e da extensão rural. Na sequência estavam dispostos os inícios dos estudos da comunicação rural, da independência da editoria rural e das mídias rurais, seguido dos estudos de recepção, seus objetivos e os trabalhos já realizados relacionados ao assunto. Ainda havia as explicações metodológicas e as justificativas das escolhas. E, por fim, está a análise da recepção nas três famílias de agricultores familiares de Candelária.

Metodologia

A preocupação inicial desta pesquisa foi atender a população rural no sentido da recepção das notícias sem atrelar-se a um meio de comunicação específico. Nesse aspecto, a prática foi a ida a campo, entender e ver de perto como as famílias do meio rural de Candelária se relacionam com as informações que recebem, seja através da televisão, do rádio, do jornal impresso, da revista ou da internet.

A partir dos estudos culturais foi realizado um estudo de recepção da mídia junto a três famílias de três localidades distintas do interior de Candelária: Linha do Rio, Linha Bernardino e Vila Fátima. Durante as visitas, a autora teve a preocupação de fotografar os locais onde os meios de comunicação estão acomodados, com o objetivo de analisar a importância de cada um no dia a dia dos entrevistados.

Resultados

A resposta da pergunta principal deste trabalho é positiva, mas revela algumas características a serem observadas. As informações que os produtores rurais recebem por meio dos meios de comunicação colaboram para a prática no dia a dia. Entretanto, estão na superfície daquilo que o receptor almeja. A ausência de atenção ao público foi verificada de maneira expressiva, através dos relatos dos agricultores familiares, nos veículos de comunicação locais. Isso porque em nenhum momento houve considerações no sentido de que alguma mídia do município tenha contribuído com a prática agrícola diária.

Conclusão

Antes de realizar esta pesquisa, a pesquisadora levou em consideração que poderia haver certo distanciamento entre a população rural e os meios de comunicação. Contudo, essa tese não foi comprovada. Há uma proximidade bastante volumosa no que diz respeito ao contato do produtor rural com os veículos. No dia a dia, em todas as famílias entrevistadas, a televisão, o rádio, o jornal, a revista e a internet são utilizados.

O que foi percebido também é que a forma que as pessoas do interior estão recebendo as informações pode ser justificada pela faixa etária e pelo gênero. Arcélio, Valmir, Acélio que têm 60 anos, 47, 68, respectivamente, preferem acessar as informações pela rádio e pela televisão. A formação entre os três é no máximo ensino médio. Isso representa que os homens não demonstram interesse em acessar as informações via internet.