OFICINA DE TEATRO: EXPERIÊNCI(AÇÕES) PIBIDIANAS NA ESCOLA ROSÁRIO

SAMANTA DOEBBER MADRID, DAIANE KIPPER, IVAN JEFERSON KAPPAUN

Resumo


A oficina de teatro, realizada na Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora do Rosário, faz parte do Subprojeto Interdisciplinar, vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), por meio da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Atende alunos do ensino fundamental e médio, procurando apresentá-los aos fundamentos básicos da prática teatral, em turno oposto ao das aulas. A oficina de teatro tem como objetivo desenvolver o autoconhecimento e a expressão, bem como a atenção, concentração e o comprometimento dos alunos. Por meio de jogos de improvisação, jogos teatrais, criação cênica coletiva e expressão corporal, o projeto aponta para a perspectiva de uma montagem de peça que atenda aos fundamentos trabalhados na oficina, além de propor uma reflexão sobre a condição e os direitos humanos. Observa-se no decorrer da oficina um avanço processual por parte dos alunos, tanto em questão de concentração, quanto de autoconhecimento, percepção do outro, reconhecendo nesse possibilidades de construção e modos de ver e fazer diferente, num processo constante de autoavaliação.

Apoiados nos conhecimentos desenvolvidos nas oficinas realizadas no ano anterior - com professores mestres em artes cênicas convidados pela coordenação do Pibid, para atender a demanda e qualificar o trabalho realizado inicialmente na oficina - e em autores como Augusto Boal, Olga Reverbel e Viola Spolin, estruturou-se uma oficina que prezasse pela descoberta do aluno por ele mesmo. Através de práticas de aquecimento, de alongamento, de jogos teatrais, de improvisações, de criação e expressão, busca-se construir uma proposta pedagógica que enfatize o autodescobrimento como processo de construção da aprendizagem. O teatro constitui-se como uma valiosa ferramenta didática, fazendo uso e aguçando os sentidos dos alunos num processo de constante descoberta, tanto de si mesmo como da relação com o coletivo. Visando a uma ampliação cultural, onde se proponha atividades que prezem pelo respeito aos conhecimentos dos alunos, partindo de um pressuposto que todos apresentam condições de aprender e também ensinar, dialogar com os conhecimentos teatrais e, de forma criativa, experienciá-los nas aulas e vivenciá-los socialmente. Na dinâmica prevista, de frenético diálogo entre o ensino, a aprendizagem, a descoberta, o questionamento, a dúvida, emergem possibilidades e recorre-se à necessidade de se colocar no lugar do outro, desenvolvendo a sensibilidade e fortalecendo as relações humanizadoras tão urgentes ao mundo contemporâneo.

Por serem essencialmente coletivos, os jogos teatrais possibilitam uma interação entre os alunos que não é possível, ou eventualmente ocorre no cotidiano escolar. Entendemos que o teatro, assim como todas as artes, devem ser implementadas com maior ênfase nas escolas, pois permitem o desenvolvimento de competências - subjetivas - que geralmente são condicionadas a categorias secundárias nos educandários brasileiros.


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