PLANEJAMENTO TURÍSTICO: DIAGNÓTICO NA FRONTEIRA OESTE: O CASO DO MUNICÍPIO DE QUARAI

EVERTON NASCIMENTO SOARES, JAQUELINE SOARES DA ROSA, MARCELO RIBEIRO

Resumo


O plano de desenvolvimento turístico realizado no município de Quaraí foi uma parceria firmada entre a Prefeitura, a UFSM, através do Laboratório de Turismo do Curso de Gestão de Turismo da Unidade da UFSM em Silveira Martins (UDESSM). A parceria foi firmada junto à Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo de Quaraí e o LATURIS. O trabalho teve sua primeira fase com a aplicação do Inventário da Oferta Turística. Na sequência, foram realizados o diagnóstico, prognóstico e a elaboração de ações junto à comunidade local para estabelecer prazos e responsabilidades do plano de desenvolvimento turístico. A metodologia utilizada foi a de planejamento participativo, empregada pelo MINTUR (Ministério de Turismo), que, conforme Buarque (2008), deve contemplar a participação social e a negociação política, abordando um tratamento multidisciplinar, com base em uma abordagem sistêmica. A coleta de informações foi baseada na metodologia do Ministério do Turismo, sendo dividida por segmentos que nos proporcionaram desenvolver e administrar conhecimentos e análise do município. Nesse sentido, foram realizadas entrevistas com diversos setores da sociedade local, além de preencher as fichas, conhecer e contribuir na estrutura do plano de desenvolvimento proposto onde também realizamos o mapeamento nas imediações para ter melhor conhecimento para explorar o que é essencial para a comunidade a fim de diagnosticar as possibilidades turísticas. O trabalho possui um método participativo, que deve contar em um segundo momento com os diversos atores da sociedade. É pertinente comentar que os agentes da Prefeitura foram os contatos para que o trabalho avançasse. No caso de Quaraí, que possui atrativos históricos e naturais, foi detectada a falta de uma "cultura turística", o que expressa a ausência histórica de um cuidado com o setor e de políticas públicas. Segundo Molina e Rodrigues (2001), o plano de desenvolvimento turístico é o produto da sociedade como um todo e não apenas de planejadores, pois compromete os membros da sociedade no presente e no futuro. O que se pôde concluir é que o município não está preparado para receber fluxos turísticos, experiência que comprova a falta de políticas públicas, as quais são de extrema importância para o desenvolvimento local. Conclui-se que há falta de conhecimento da amplitude que o fenômeno turístico possui e do quanto os cursos de turismo podem contribuir, além da formação, para uma relação com o mercado, refletindo na qualificação da oferta turística, de recursos humanos e de atração de investimentos voltados ao turismo e ao desenvolvimento socioeconômico gerado por esta atividade.


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