A INSERÇÃO DA PSICOLOGIA EM SALA DE ESPERA: SUA ATUAÇÃO EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA

MARCUS VINICIUS CASTRO WITCZAK, NATHALIA ROEHRS

Resumo


O Serviço de Reabilitação Física (SRFis), projeto de extensão da UNISC, possui uma equipe multiprofissional e tem como público alvo pessoas com deficiências. Visa à promoção e atenção à saúde integrada do usuário, bem como de seus familiares, através de seus serviços interdisciplinares. São oferecidos diversos atendimentos para este público com o objetivo de promover um projeto terapêutico individual e eficaz ao usuário. Um dos serviços prestados é a Sala de Espera (SE), que realiza o acolhimento dos pacientes que receberão próteses e órteses. Entende-se por SE o espaço direcionado ao público que aguarda por determinado atendimento, ou ainda, como um momento dinâmico e mobilizador, propício a trocas de ideias, experiências e valores entre as pessoas ali presentes (tanto pacientes quanto profissionais). Dessa forma, constitui-se um ambiente propício à prevenção e promoção a saúde, utilizando-se da Clínica Ampliada (HARTMANN e RODRIGUES, 2014) e dos preceitos de humanização do SUS (BRASIL, 1990). Assim, promove uma atuação em que a equipe multiprofissional compreenda cada indivíduo como um ser biopsicossocial, possibilitando a este repensar suas questões e promovendo autonomia. Objetivo: Expor através de vivências realizadas pela estagiária de psicologia no SRFis, o que se entende por sala de espera, sua função e quais estratégias que podem ser oferecidas para tornar-se uma sala de espera mais humanizada. Metodologia: Utiliza-se de recursos audiovisuais (cartazes, imagens, trechos de livros, filmes ou poesias) e outros dispositivos como ferramenta para discussão e reflexão. A coleta dos dados deu-se a partir da utilização de diário de campo, visto que é uma ferramenta que permite registrar e organizar as experiências para analisá-las posteriormente (SPINK, 2010). Resultados: As vivências em SE exigem criatividade da equipe, seja para propostas que serão provocadoras de discussões, ou na própria adaptação do ambiente, tornando-o acolhedor. Assim, têm-se: 1) Criação de estratégias para realizar um atendimento que não se torne monótono e cansativo e promova momentos de reflexão; 2) Práticas e atividades informativas que ajudem a reduzir a ansiedade e contribuam para o conhecimento de direitos sociais e de como alcançá-los; 3) Reconhecimento da história pregressa do paciente, possibilitando o recontar-se e a construção de um novo sentido sobre si, o mundo e o futuro. Conclusão: Trabalhar em uma equipe multiprofissional implica em um entendimento dinâmico entre as diferentes áreas bem como compreender as diversas formas de realidade que cada integrante compõe. Através das estratégias apresentadas, pode-se dizer que o SRFis busca uma Sala de Espera mais humanizada, rompendo com a distância entre pacientes e profissionais, acreditando nas potencialidades de cada sujeito ali presente, além de proporcionar que este se torne um agente ativo na construção de sua autonomia.


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