A IMPORTÂNCIA DO LER PARA: ESCREVER E DIZER

FATIMA DA COSTA SILVA, KATIELA KIST DORNELES, ELEMAR GHISLENI, ÂNGELA COGO RONCKOWIAK

Resumo


Este trabalho apresenta os resultados obtidos nas oficinas do Subprojeto Letras/Português, do PIBID/UNISC, na EMEF Menino Deus, com alunos dos 4º e 5º anos. Acreditamos que, através de oficinas, direcionamos melhor nossa proposta às necessidades que os alunos apresentam na escola: as competências relativas ao ler e dizer, a oralidade e a escrita, que são os eixos norteadores do Subprojeto. Para isso, organizamos o "Projeto Náufragos", que se resume em criar uma troca de informações entre os alunos, através do envio de cartas para outras escolas. Partindo destas reflexões, concluímos que esta é uma estratégia que os motivaria a escrever em um processo mais natural e prazeroso, pois cada um poderia se apropriar de seu contexto, para se apresentar e se aproximar do colega desconhecido. As cartas são enviadas dentro de uma garrafa, o que propõe um mundo de imaginação e fantasia e, com isso, o interesse em escrever é imediato e essa prática se torna constante no decorrer das oficinas. Esta atividade nos possibilita observar as dificuldades na escrita e o gosto que o aluno adquire pelo ato de escrever, o que se tornaria mais difícil em atividades escolarizadas. No ano de 2015, a escola celebrou 20 anos, por isso, atendemos ao pedido das supervisoras de elaborarmos alguns trabalhos relacionados à data comemorativa. Aproveitando as dificuldades apresentadas pelos discentes, sugerimos a escrita de um livro, para desenvolver as competências do ler, dizer e escrever, comemorando com os que estão presentes e resgatando as histórias dos que já passaram. Sabemos que para o aluno desenvolver a escrita, ele precisa primeiro praticar a oralidade, com segurança e confiança. No entanto, também buscamos organizar o espaço e valorizar o lúdico, para que os educandos se sintam à vontade no ambiente. Para incentivar a leitura e apresentar a forma dos poemas e rimas, levamos as fichas poéticas, que são textos ampliados em cartonas, com imagens que necessariamente não precisam se identificar com o texto. As fichas poéticas possibilitam brincar com as palavras através do lúdico, estimulando o imaginário dos alunos e incentivando o gosto pela leitura por meio do prazer e da descoberta. No primeiro momento, o medo para oralizar foi unânime, pois a dificuldade de decifrar os grafemas do texto os deixou envergonhados, com isso, nós, bolsistas, passamos a dizer, para que os alunos percebessem a entonação da voz e a forma como pronunciávamos as palavras. Essa prática ajudou para que eles fossem se soltando e adquirindo o gosto pela leitura, o que resultou numa melhora significativa dos discentes. A oralização e o dizer dos textos permitem que os alunos se tornem sujeitos da própria leitura, considerando que cada estudante tem seu ritmo e seu tempo de aprendizagem. Nas reuniões semanais do Subprojeto de Letras Português, debatemos os planejamentos levados à escola. Concluímos que repensar a forma de fazer leitura na escola e usar recursos que beneficiem os alunos no seu aprendizado é fundamental. A transformação do ambiente é uma das melhores formas de motivarmos os alunos a se fazerem presentes nas oficinas semanais, desmistificando o ambiente escolarizado que desagrada aos educandos. Essa vivência escolar nos motiva e possibilita nosso crescimento, direcionando-nos a traçar, através de embasamentos teóricos, estratégias para as práticas que desenvolvemos.


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