(RE)PENSANDO A SIMBOLIZAÇÃO DO CORPO: PARA ALÉM DOS PARADIGMAS VIGENTES

BETINA HILLESHEIM, DANIELA ROBERTA HAAS, NATALIA PAVANATTO, THAIS SPALL CHAXIM

Resumo


Autores: Daniela Roberta Haas, Natália Pavanatto e Thaís Chaxim. (Acadêmicas de Psicologia-UNISC) Supervisora: Betina Hillesheim.

INTRODUÇÃO: A diversidade sexual vem sendo cada vez mais discutida e, com isso, surgem diversos questionamentos acerca do tema. Acreditamos que é de grande importância entender como a sociedade contemporânea concebe a diversidade da identidade de gênero, e também a importância da estética do corpo envolvida em todo o processo de identificação das pessoas com diferentes orientações sexuais. OBJETIVOS: Buscar conhecer as diferentes concepções dos alunos do curso de Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul acerca de temas relativos à identidade sexual, gênero e estética. METODOLOGIA: Para a realização deste trabalho, escolhemos o tipo de estudo exploratório em uma abordagem qualitativa, descritiva observacional, baseada na interpretação mediante toda a conceituação e análise de dados obtidos através da forma de produção junto aos entrevistados. RESULTADOS: Através dos resultados de nossa pesquisa, pudemos perceber que existe interferência de níveis de desejabilidade social nestas respostas, levando ao fato que os/as participantes tenham tendência a apresentarem-se aos outros e a si mesmos/as como não preconceituosos/as ou discriminatórios/as. Assim, é interessante também verificarmos que questionando acerca do preconceito, em termos de orientação sexual e identidade de gênero, as pessoas transexuais são, em geral, vistas como aquelas perante às quais a discriminação mais se justifica, denunciando a reatividade aos que desafiam a construção binária do gênero e da sexualidade. Por comparação a estas, as lésbicas, os gays e os/as bissexuais são, por esta ordem, vistos como alvos menos justificados de discriminação, as identidades mais aceitas. CONCLUSÃO: O presente estudo foi realizado com cinco pessoas, sendo essas três mulheres e dois homens. As faixas etárias variam entre 20 e 28 anos e todos são estudantes de Psicologia a partir do sétimo semestre. O método escolhido para a pesquisa, as entrevistas semiestruturadas, possibilitaram maior troca de diálogo e exposição de pensamentos referentes ao tema do estudo. Para isto, encontramos diversas dificuldades, como medo de exposição quanto às suas percepções e falta de horário pelos estudantes. Tornou-se evidente que a discriminação das pessoas LGBTT é múltipla e apresenta diversas formas de expressão e mostra-se, muitas vezes, de maneira mascarada. A tentativa de ser sempre 'politicamente correto' cai por terra, e o preconceito fica evidente. Na conclusão desse estudo, pudemos perceber que existem muitos pensamentos ainda arcaicos relacionados à diversidade sexual, mantendo um discurso homofóbico.


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