Introdução: A escola é um local de contato entre as pessoas, onde as brincadeiras ocorrem de forma espontânea entre os alunos, que zoam, tiram sarro dos outros e de si mesmos, tudo de uma forma natural, mas quando acontecem de forma mal intencionada, tornam-se atos de violência. O bullying, que abrange todos os atos de violência que ocorrem intencionalmente e/ou repetidamente contra um ou mais alunos que não podem se defender, é considerado uma das formas mais frequentes de violência entre crianças e adolescentes na escola. Essa violência pode ser expressa de várias formas: verbalmente, feito através de ofensas, colocação de apelidos e piadas ofensivas; fisicamente, como bater, empurrar, chutar; de forma material por atos como roubar, danificar pertences da vítima; psicológica e moral, feita através de perseguição, intimidação, difamação: sexual que é o assédio ou o abuso ou, ainda, de forma virtual. Desta forma, surge a necessidade de uma maior atenção e compreensão desse assunto por toda a comunidade escolar, que necessita entender a extensão do impacto causado por este tipo de violência e desenvolver ações para que ela seja reduzida rapidamente. Objetivo: Verificar se ocorre um comportamento relacionado ao bullying entre escolares do ensino fundamental de uma escola estadual de ensino médio. Metodologia: Este estudo é de caráter descritivo-exploratório e, por, isso, foi realizado através de uma pesquisa individual, com o questionário de Olweus, adaptado por Mayer, no período de abril a junho de 2015. Os sujeitos desta pesquisa são 213 alunos, sendo 113 do sexo masculino e 100 do sexo feminino, com a faixa etária de 10 a 17 anos, dos 6º, 7º, 8º e 9º ano do ensino fundamental de uma escola estadual de ensino médio do município de Santa Cruz do Sul - RS. A análise estatística dos resultados foi realizada no programa SPSS v. 20.0. Resultados: Os resultados apontam que é elevado o percentual de escolares que já sofreram alguma agressão (27, 2%). A principal forma de agressão foi a agressão verbal (14, 1%). O recreio (9, 9%) e a sala de aula (8, 5%) são os locais onde mais ocorrem as agressões. Com relação ao agressor, 15% relataram ser da mesma turma e realizadas por um colega (9, 4%) ou por quatro ou mais colegas (7%). Conclusão: Através deste estudo, pode-se constatar que a maioria dos sujeitos entrevistados não sofreu qualquer tipo de agressão; porém, houve relatos de agressão na escola e é necessário que haja uma maior atenção e compreensão do assunto bullying, tanto por professores, pais e sociedade em geral, juntamente com ações que visam à diminuição dessa violência dentro do ambiente escolar.