POEMAS EM SALA DE AULA: DA LEITURA AO DIZER

ANA LUIZA FERREIRA LOPES, ANDRÉ DE LUCENA ORAES, ELEMARGHISLENI , ÂNGELA RONCKOVIAK

Resumo


O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID/UNISC visa proporcionar a interação dos acadêmicos de licenciaturas com o ambiente escolar. Para isso, tem quatro áreas de atuação: oficinas de aprendizagem, gestão participativa, monitorias e projetos interdisciplinares. No início do ano letivo de 2015, após combinações feitas entre os bolsistas e a supervisora escolar, nós, membros do subprojeto 3: Letras/Português, começamos um projeto de oficinas de aprendizagem, em turno oposto às aulas regulares, na EMEF Duque de Caxias, com discentes que apresentavam alguma dificuldade na aprendizagem, ou mesmo que tinham o desejo de participar. Iniciamos com duas turmas, uma de sexto e outra de sétimo ano. Primeiramente, levamos alguns livros de poemas, como: Pé de pilão, de Mário Quintana, e 101 poemas para crianças, de Sérgio Caparelli, obras utilizamos para apresentar a estrutura do poema, as rimas, as estrofes, os versos e, também, o dizer dos poemas. Ampliamos o estudo das rimas, levando para os alunos, músicas brasileiras, entre elas "Quando o sol se for", da banda Detonautas; após esses processos, pedimos que escrevessem seus poemas, com algumas rimas pré-estabelecidas por meio das experiências anteriores. Resolvemos introduzir a música, pois ela tem melodia e expressa de forma mais explícita as rimas nelas presentes e, para facilitar o entendimento, sugerimos a leitura silenciosa e em voz alta. Entretanto, em uma das últimas oficinas, decidimos trocar o conteúdo da atividade, e apresentamos a ideia da criação coletiva de uma história. Nós, bolsistas, iniciamos a contação e os alunos continuaram cada um à sua maneira; foi muito marcante, pois o desenvolvimento da atividade aconteceu de forma especial, introduzindo na história o mundo lúdico, de forma que os educandos adoraram a atividade. Percebemos neles um grande avanço, visto que não tinham muito apreço pelo gênero e, após alguns encontros, o cenário mudou. Os estudantes passaram a procurar mais livros de poemas e conseguimos relacionar o nosso trabalho com o ensino regular deles, pois estavam aprendendo sobre poemas nas aulas de língua portuguesa. Tivemos uma alteração em uma das turmas em que estávamos trabalhando, devido a outras oficinas que a escola oferece, ficando então, com o quinto e sexto ano. Obtivemos um resultado satisfatório e gradativamente evolutivo, visto que quando iniciamos as atividades, os discentes tinham pouca interação no mundo literário. Aproveitamos a ideia da escrita para, através dela, corrigir erros de ortografia, gramática e pontuação e tirar algumas dúvidas que os discentes tinham com relação à língua portuguesa. Apresentamos aqui uma reflexão do que ocorreu neste semestre nas oficinas, destacando os pontos que mais nos chamaram atenção e que achamos mais relevantes no decorrer das atividades.

Palavras-chave: Poemas, música, escrita, PIBID, aprendizagem.


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