Jogos de videogame fazem parte da sociedade desde os anos 1980. Com o passar do tempo, sua dinâmica, jogabilidade, gráficos e complexidade mudaram, seguindo e criando avanços tecnológicos. É visível a simplicidade gráfica dos jogos em seus primórdios, pouca interação, comandos simples, além da falta de storyline, ou seja, um enredo. Atualmente, os games possuem narrativas, das quais o jogador precisa se inteirar para avançar e completar os desafios, os gráficos têm alta definição, velocidades 4G, interatividade com jogadores de todas as partes do mundo. Nesse contexto, é possível dizer que os jogos tornaram-se ferramentas importantes no ensino de uma língua estrangeira, no caso desta pesquisa, a língua inglesa. A utilização de jogos de videogame, como uma extensão da sala de aula para reforçar os conteúdos estudados, está se tornando uma prática cada vez mais comum ao redor do mundo. Todo o apelo visual, as narrativas envolventes, as adequações para o nível do aprendiz, transformam o jogo em um instrumento útil e, além disso, faz com que o aprendizado seja mais informal, já que o jogo está em primeiro plano e o aprender vem embutido neste jogar. O jogador internaliza vocábulos, expressões, faz associações, cria sentido para o enredo presente nos games, geralmente apresentado em língua inglesa. Dessa forma, nosso objetivo é tentar demonstrar, através da compilação de informações, as razões pelas quais os jogos de videogame funcionam como apetrechos, que se utilizados de maneira correta, podem aperfeiçoar os conhecimentos em língua inglesa. Além disso, apresentaremos algumas teorias de aquisição da linguagem, em especial a de L2, que nos dá sustentação teórica para esta prática. Os resultados finais ainda estão em andamento, por se tratar de uma monografia em processo, mas, de modo parcial, tendo como base alunos de 9 a 10 anos que jogam o Our Discovery Island, jogo integrante da coleção Our Discovery Island da editora Pearson, no Centro de Línguas e Culturas UNISC, percebemos uma melhora no aprendizado de vocabulário. Isso porque os estudantes possuem um maior contato com a língua no contexto informal, ou seja, fora do ambiente de sala de aula, que proporciona prazer, ao mesmo tempo que desenvolve a criação de sentido através da palavra e da imagem. Os jogos possuem enormes possibilidades, basta serem explorados e melhor analisados para expandir seus potenciais educacionais e tornarem-se ferramentas que auxiliam no ensino de língua inglesa como língua estrangeira.