COMUNIDADE RINCÃO DOS NEGROS

ANA LUISA TEIXEIRA DE MENEZES, GISLAINE SANTOS PEDROSO NETTO, SABRINA PRADO MACHADO

Resumo


O trabalho desenvolvido foi realizado na disciplina de Psicologia Comunitária I, no curso de Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul. O trabalho consiste em observação participante na comunidade Rincão dos Negros, localizada no distrito de Arroio das Pedras, interior da cidade de Rio Pardo, na escrita e no relato da saída de campo, realizado no primeiro semestre de 2014. Os objetivos foram: conhecer os processos comunitários, aprofundar o estudo do conceito de comunidade proposta e compreender como acontecem as relações no lugar de moradia, de permanência, de crescimento e de orientação. A metodologia utilizada foi de uma visita, previamente agendada à comunidade e uma entrevista com um representante desta, que é uma figura de liderança no local. Além de encontros entre os integrantes do grupo para a discussão dos encontros vividos, realizamos uma aproximação dos métodos e técnicas do psicólogo comunitário e sua inserção em uma comunidade. Hoje em dia, ainda encontramos descendentes de negros que fugiram das colônias e formavam os chamados quilombos, no entanto, em certos casos, o acesso à terra e à liberdade foi possível graças à doação de seus antigos senhores, é o caso do Rincão dos Negros. Em nossa visita, avistamos duas igrejas católicas, uma ao lado da outra, simbolizando a separação entre negros e brancos. Entramos na igreja dos quilombolas, local relativamente pequeno, com bancos simples e altar de madeira, chão bruto de cimento com uma pintura avermelhada, imagens de santos da igreja católica espalhados pelo altar, alguns muito antigos e deteriorados. Durante a entrevista nos foram relatados os benefícios e melhorias que a comunidade adquiriu com o passar dos anos, porém, ainda faltam muitos recursos a esse povo, a fim de orientar e proteger a individualidade diante da sociedade. A nossa visita a essa comunidade ocorreu de forma muito harmoniosa e, através desta, podemos conhecer a cultura quilombola, suas lutas e ensinamentos do passado, que até então apenas conhecíamos dos livros. Podemos identificar uma história de imensa luta, que com o passar do tempo está se apagando e poderá acabar mesmo com o esforço de muitos para mantê-la viva. São povos que passaram e passam por muitas dificuldades, que necessitam de apoio e auxílio. Foi um imenso aprendizado, pois apesar desta cultura estar em nossa cidade, até então, muitos fatos descobertos através do nosso diálogo, para nós eram desconhecidos. Perante o exposto, podemos concluir o quanto a segregação racial se faz presente nos dias atuais e como as histórias se desbotam e as pessoas sofrem muitos preconceitos, através da exclusão e do esquecimento, passando por situações de desvalor e de sofrimento, tanto no seu aspecto comunitário, com

Palavras chave: Psicologia Comunitária, Comunidade, Segregação Racial

o pessoal.


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