BIBLIOTECA: CAMINHOS PARA O LETRAMENTO LITERÁRIO E A CONSTRUÇÃO DE LEITORES

CARLA REGINA LEIFFEIT, DAIANE INES BECKER, DANIELA BEATRIZ DA SILVA, ROSANE CRISTINE DE AZEVEDO, ANGELA COGO FRONCKOWIAK, ELEMAR GHISLENI

Resumo


Este resumo tem por objetivo refletir sobre as nossas práticas, decorridas entre o período de março de 2015 até o mês atual, no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID, vinculado à UNISC. Abordaremos questões relativas à prática docente, levando em consideração as experiências vivenciadas na Escola Estadual de Ensino Médio Alfredo José Kliemann. O PIBID é muito eficaz ao aliar universitários e escolas em prol de um aprendizado recíproco. O programa sugere que atuemos através de oficinas, gestão, monitoria ou projetos interdisciplinares. O Subprojeto Letras/Português se dedica a estimular os bolsistas à realização de projetos que envolvam a oralização, o ler/dizer e a escrita nas escolas em que atuam. Foi acordado, a partir das conversas entre a coordenação do nosso subprojeto e a escola, que continuássemos desenvolvendo atividades referentes à gestão da biblioteca, já ocorridas no ano anterior. O intuito da escola era promover um projeto de leitura e, para isso, tentamos criar estratégias para gerar nos alunos o interesse pela leitura, visto que nos confrontamos, apesar das inúmeras mudanças já realizadas, com um espaço ainda escolarizado. Propusemos para a instituição realizar oficinas para atrair os alunos para o espaço da biblioteca. Iniciamos nossas atividades com duas turmas de quartos anos do turno regular com a intenção de visitar a biblioteca. Esse propósito nos possibilitou iniciar uma aproximação dos discentes com os livros, contamos histórias, auxiliamos a retirada dos livros e sugerimos leituras. Com essas práticas, pudemos avançar em contemplar os eixos norteadores de nosso subprojeto, encaminhando as oficinas a um processo de escrita a partir da leitura. As fichas poéticas foram umas das ferramentas que utilizamos nesse processo. Tratam-se de cartonas com textos ampliados em que selecionamos imagens que não necessariamente reproduzem o texto, e sim contemplem a imaginação do aluno. Através desses textos, geralmente contos e poemas, que são curtos e, portanto, mais atrativos para alunos iniciantes, aumentou o interesse dos discentes em relação à leitura. Os alunos não somente decifravam grafemas, mas diziam o texto e isso levava à compreensão. Na escrita, a estratégia utilizada foi o Projeto Náufragos, que consiste na escrita de cartas entre escolas participantes do projeto. Elas são enviadas dentro de uma garrafa e incentivam a leitura e a escrita, assim como a interação entre os alunos. Sabemos que a escrita é complexa e requer prática, quanto mais escrevemos, melhor escrevemos. Por um lado, estamos cientes de que esses alunos estão em fase de alfabetização. Por outro, observamos o quanto o incentivo à leitura foi significativo e os motivou nesse processo. Contudo, a biblioteca nos oportunizou aproveitar o espaço de tal forma que unimos a prática docente através das oficinas à experiência da gestão. Para nós, bolsistas, a reciprocidade criou um vínculo que trouxe alguns resultados, porém, sabemos que temos um longo caminho pela frente para tornar efetivo o processo de letramento literário e formação de leitores nessa escola.

Palavras-chave: Biblioteca - letramento literário - oficinas - gestão - Pibid Letras Português.


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