AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS.

KATLEN GABRIELE SCHMIDT, FRANCISCA MARIA ASSMANN WICHMANN, FRANCISCA MARIA ASSMANN WICHMANN

Resumo


INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) são considerados idosos, nos países em desenvolvimento, os indivíduos com idade acima de 60. No Brasil, estima-se que haverá cerca de 34 milhões de idosos em 2025, o que levará o país à 6ª posição entre os países mais envelhecidos do mundo. Uma verdadeira revolução que envolve desafios políticos, econômicos, sociais, demográficos e, de modo especial, nos campos da saúde e da alimentação. À medida que a idade avança, existe uma progressiva perda de recursos físicos, mentais e sociais do indivíduo, crescendo a demanda por instituições de Longa Permanência. O desequilíbrio nutricional do idoso está reconhecidamente relacionado ao aumento da mortalidade, a um risco aumentado de Desnu­trição Proteico-calórica (DPC) e de nutrientes, à susceptibilidade a infecções e à redução da qualidade de vida. O idoso institucionalizado por um longo período tem maior prevalência de desnutrição (FÉLIX; SOU­ZA, 2009; GUIMARÃES; CUNHA, 2004; BUSNELLO, 2007). Assim, a alimentação desta população deve ser orientada em função das alterações fisiológicas que ocorrem no organismo juntamente com outras que são patológicas e que interferem diretamente na alimentação ou nas necessidades nutricionais. OBJETIVO: Definir o perfil nutricional de idosos institucionalizados. MÉTODOS: O estudo foi realizado em uma Instituição de Longa Permanência, situado na Rua Padre Luís Muller, número 491, no bairro Bom Jesus, município de Santa Cruz do Sul - RS. A instituição caracteriza-se como filantrópica, mantém-se através de doações e donativos de diversos segmentos da sociedade de Santa Cruz do Sul. A pesquisa foi aplicada com todos os 90 idosos institucionalizados, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, residentes da instituição. Para definição do diagnóstico nutricional, coletaram-se dados acerca de índice de massa corporal, circunferência abdominal, circunferência da panturrilha e circunferência muscular do braço. RESULTADOS: Analisados os perfis nutricionais dos idosos, cerca de 45% dos idosos encontram-se em eutrofia, 22% em obesidade e 33% apresentam risco nutricional, a maioria dos valores encontrados indicam que grande parte dos idosos estão com o estado nutricional comprometido, evidenciado prin­cipalmente pelo Índice de Massa Corporal. CONCLUSÃO: Ocorrem diversas alterações durante o envelhecimento e que foram identificadas nos idosos institucionalizados, podendo afetar o padrão alimentar do indivíduo, tais como: diminuição das papilas gustativas, redução do olfato, da visão e do paladar; diminuição da secreção salivar e gástrica; falha na mastigação pela ausência de dentes ou uso de próteses im­próprias; redução da motilidade intestinal e diminuição da sensibilidade à sede. O uso de múltiplos medicamentos acaba interferindo no apetite, no consumo e absorção dos nutrientes, podendo aumentar o risco de desnutrição nos idosos, especialmente entre os institucionali­zados (ASSIS, 2002; CAMPOS; MONTEI­RO; ORNELLAS, 2000). Identificou-se também a importância da atuação do nutricionista no cuidado dessa população e a necessidade de se realizar mais estudos antropométricos.

Palavras-chave: Nutrição do idoso; Saúde do idoso institucionalizado; Estado nutricional; Instituição de longa permanência para idosos; Envelhecimento.


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