PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE A MOBILIDADE URBANA NA REGIÃO CENTRAL DE SANTA CRUZ DO SUL.

ANDRE LUIZ EMMEL SILVA, LEONARDO MORAES AGUIAR LIMA DOS SANTOS, LUCAS MACHADO GOMES, LUCAS VINICIUS REIS, MATHEUS ANDRE MALLMANN, MAURICIO SANDIM

Resumo


O crescimento desordenado das áreas urbanas tem ocasionado graves problemas de circulação, ambientais e de qualidade de vida nas cidades de todo o mundo, esses problemas trouxeram à tona debates em nível mundial, tornando o termo "Mobilidade Urbana" conhecido. A mobilidade pode ser definida como um atributo relacionado aos deslocamentos realizados por indivíduos nas suas atividades de estudo, trabalho, lazer e outras (MAGAGNIN e SILVA, 2008) e visa conferir melhor circulação de bens e recursos humanos nas cidades (NASCIMENTO, 2014). Uma cidade com um bom plano de mobilidade urbana deve oportunizar meios de circulação que possibilitem o acesso a diferentes pontos de forma rápida e segura, evitando congestionamentos e todos os prejuízos que estes podem trazer à vida social e econômica dos indivíduos. Os debates oriundos dos problemas relacionados à mobilidade têm oportunizado o desenvolvimento de medidas de planejamento e controle do crescimento das cidades e de suas frotas de veículos. Os problemas relacionados à falta de planejamento dos centros urbanos estão presentes na maioria das cidades brasileiras e seus impactos se refletem na qualidade de vida dos cidadãos, no meio ambiente e na economia. Santa Cruz do Sul, cidade alvo deste estudo, possui um sistema viário com deficiências, com dificuldade no deslocamento em diversos pontos da sua área central nos horários de maior tráfego e falta de vagas de estacionamento; sua população é de 118.374 habitantes (IBGE, 2010) e sua área urbana está em constante crescimento. Diante disso, o objetivo deste estudo é investigar quais são os principais problemas que o município enfrenta, suas possíveis causas e algumas soluções cabíveis. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica para uma melhor compreensão dos problemas oriundos da falta de planejamento da mobilidade urbana e estruturou-se um questionário, aplicado durante o estudo. As respostas extraídas foram analisadas e agrupadas adequadamente, podendo, então, ser estabelecida uma ordem de prioridade de ações que devem ser tomadas, para garantir uma maior qualidade na mobilidade urbana do município. Como resultado da pesquisa, identificaram-se as necessidades de deslocamento para trabalho e estudo como as principais causas do fluxo elevado de pessoas na área urbana e o período entre 17 e 19 horas como o mais problemático, devido principalmente ao fim da jornada de trabalho em grande parte dos estabelecimentos comerciais e indústrias, bem como o início das aulas do turno da noite nos colégios e universidades. Quanto às medidas a serem tomadas para atenuar os efeitos negativos do excesso de deslocamentos, destaca-se a melhoria no sistema de transporte coletivo como a mais solicitada pela população, em seguida, aparece a ampliação do número de ciclovias, visto que o uso de bicicletas como meio de transporte ainda é baixo, porém surge como alternativa ao uso de veículos motorizados. Dessa forma, fica evidente a necessidade de maiores investimentos por parte dos órgãos públicos em planejamento e implantação de medidas que favoreçam o uso de meios de transporte alternativos, que colaborem na redução dos congestionamentos, da poluição e melhorem a qualidade de vida da população.


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