INSPEÇÃO DA QUALIDADE EM PRODUTOS DE UMA EMPRESA DO RAMO DE EMBALAGENS INDUSTRIAIS

ANDRE LUIZ EMMEL SILVA, DANIEL AUGUSTO HOPPE, LEONARDO MORAES AGUIAR LIMA DOS SANTOS, LUCAS MACHADO GOMES, LUCAS VINICIUS REIS, MATHEUS ANDRE MALLMANN, MAURICIO SANDIM

Resumo


Na área da qualidade, uma etapa importante é a inspeção final dos produtos. Através da aplicação da Norma Brasileira Regulamentadora (NBR) 5426 (1985) é possível realizar tal processo. Características relacionadas à experiência pessoal do inspetor ou a sua especialidade técnica no processo de desenvolvimento podem afetar o resultado da inspeção (SANTOS E TRAVASSOS, 2010). Segundo Rodrigues (2008), a criação de códigos ou padrões para as falhas mais comuns, de um modo simples e resumido, é uma forma de evitar diferentes posicionamentos para os mesmos defeitos. Com este estudo, propõe-se uma padronização na inspeção e melhoria da qualidade dos produtos, gerando ao cliente uma maior satisfação e para a empresa uma melhor organização da qualidade e definição de seus próprios conceitos e valores. A NBR 5426 estabelece os planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos, a qual avalia uma característica da qualidade em uma unidade do produto, tal como em quilogramas, metros, metro por segundo, etc., em que cada medição é anotada (NBR 5426, 1985; PALADINI, 1995). Nesse sentido, esta pesquisa tem por objetivo definir as classificações dos defeitos e não conformidades dos produtos, verificando se as amostras estão dentro ou fora do padrão, através da aplicação da NBR 5426, nos seguintes tipos de defeitos: crítico, grave ou tolerável. Também se almeja determinar os níveis de aceitação de diferentes clientes e seus conceitos para seus produtos personalizados. Os passos para atingir os objetivos tiveram início com levantamento de dados através de um questionário aplicado junto ao gerente da qualidade e um profissional do laboratório de inspeção, para conhecer o conceito da empresa e a forma de funcionamento da inspeção. A seguir, fez-se análise dos documentos, contratos e do nível de qualidade aceitável (NQA), definidos pelos diferentes clientes em comum acordo com a empresa. Dentre os resultados obtidos, observou-se a necessidade de elaboração de um catálogo personalizado para cada um dos principais clientes da empresa com suas definições e classificações da qualidade. Para a elaboração, levou-se em consideração a necessidade desta ferramenta ser de fácil leitura e interpretação. Os catálogos poderão ser individuais ou por ramos e segmentação de mercado, e todos deverão estar adequados aos procedimentos da norma e documentos de maneira correta. Os catálogos, depois de criados, devem ser constantemente aprimorados, visto que não é possível criar um modelo final, devido ao constante lançamento de produtos, que poderão gerar diferentes problemas e que deverão ser inclusos no catálogo respectivo. Por meio de um catálogo, a inspeção final torna-se sistêmica e autônoma, demandando menor tempo de execução, sendo realizadas apenas consultas rápidas e padronizadas ao catálogo proposto. A inspeção da qualidade junto aos conceitos da empresa e dos clientes proporciona um entendimento sobre a diversidade de caracterizações da palavra qualidade e posição perante situações similares.


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