DISTORÇÕES PROVOCADAS PELO USO INCORRETO DE INDICADORES NO PROCESSO PRODUTIVO

Autores

  • ANDRE LUIZ EMMEL SILVA UNISC
  • LEONARDO MORAES AGUIAR LIMA DOS SANTOS UNISC
  • LUCAS MACHADO GOMES UNISC
  • LUCAS VINICIUS REIS UNISC
  • MATHEUS ANDRE MALLMANN UNISC
  • MAURICIO SANDIM UNISC

Resumo

Produzir mais, utilizando menos, na maior velocidade possível se tornou um desafio comum para as indústrias se manterem no mercado, sendo assim, é necessário oferecer produtos de qualidade e preços cada vez mais baixos. Para se conseguir essa "dobradinha", é de extrema importância fazer o controle mais preciso possível dos custos e dos desperdícios durante todo o processo produtivo. Essa busca por competitividade também faz com que as organizações procurem gerenciar as atividades de Planejamento e Controle da Produção (PCP) por meio de ferramentas que permitam uma melhor eficiência operacional (GUERRA, SCHUSTER E TONDOLO, 2013). Segundo Medeiros (2014), os indicadores são a espinha dorsal de um sistema de medição e devem exprimir as metas e objetivos almejados pela organização; são a representação racional, objetiva e quantitativa do desempenho, utilizada pelos gestores visando o alcance das metas operacionais e estratégicas definidas pelas empresas (RAPOSO, 2011). No processo produtivo, tudo o que não é utilizado é considerado perda e deve ser ao final do processo contabilizado mesmo que em quantidades pequenas se comparadas ao volume de produção (SHAW e BLUNDELL, 2014). Pode-se observar na fábrica de biscoitos escolhida para a realização deste estudo o alto índice de retrabalhos e perdas durante a obtenção dos produtos, índices estes compostos por falhas originárias de produtos que não atendem à conformidade e às especificações técnicas definidas pelos padrões de qualidade e que foram considerados retrabalhos ou perdas pela própria operação ou pelos responsáveis técnicos (controle de qualidade), problemas surgirem desde um mau planejamento até o controle não efetivo em todo o decorrer das etapas de processamento, influenciando diretamente na produtividade e nos indicadores estudados. Diante disso, o objetivo deste trabalho é explorar o indicador global de perdas e retrabalhos apresentado pela empresa e mostrar quais são realmente os produtos que interferem diretamente para o cumprimento ou não das metas. Esta pesquisa pode ser caracterizada como exploratória e quantitativa. Quanto ao método de análise utilizado, optou-se pelo estudo de caso, que, segundo Yin (2009), pode ser utilizado para verificar como são aplicados e utilizados na prática elementos de uma teoria. Os dados apresentados foram coletados através de planilhas já existentes nas linhas de produção e interpretados com a ajuda dos supervisores do processo, e pode-se identificar o comportamento de cada tipo de biscoito em relação às metas de retrabalhos e perdas. Como exemplo, pode-se utilizar o biscoito Maria, que mesmo sendo responsável por cerca de 30% do total de retrabalhos e 21% da geração de perdas, ainda assim estava dentro dos parâmetros estabelecidos pelas metas, pois é o produto de maior produção na empresa, fato que ocorre porque o indicador global não leva em consideração as peculiaridades de cada produto, mas o todo. A partir do estudo realizado, concluiu-se que há a necessidade da criação de metas individuais para cada produto e a não utilização de uma meta global, como existe atualmente. A ideia principal é ter a visão real e ajustada do comportamento de cada produto referente a retrabalhos e perdas, podendo, assim, focalizar os pontos principais dos produtos que não conseguem atingi-las.

Biografia do Autor

  • ANDRE LUIZ EMMEL SILVA, UNISC
    UNISC
  • LEONARDO MORAES AGUIAR LIMA DOS SANTOS, UNISC
    UNISC
  • LUCAS MACHADO GOMES, UNISC
    UNISC
  • LUCAS VINICIUS REIS, UNISC
    UNISC
  • MATHEUS ANDRE MALLMANN, UNISC
    UNISC
  • MAURICIO SANDIM, UNISC
    UNISC

Publicado

2015-10-21

Edição

Seção

Ciências Exatas da Terra e Engenharias