ESTUDO DE TRÁFEGO NA INTERSEÇÃO ENTRE A AV. JOÃO PESSOA E RUA CORONEL OSCAR RAFAEL JOST NA CIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL/RS

ANELISE SCHMITZ, WAGNER FONTANARI LOCH

Resumo


O país, como um todo, passou por uma fase de crescimento econômico acelerado nos últimos anos, em que cidades prosperaram por possuírem políticas de infraestrutura, no mínimo, adequadas para suprir as necessidades básicas de uma economia em ascensão. O aumento do poder aquisitivo, o êxodo rural e a facilidade de obtenção de crédito imobiliário contribuíram para a expansão urbana. O acréscimo da frota de veículos é perceptível nas vias públicas Brasileiras, nesse sentido o transporte coletivo que deveria ser uma solução para reduzir os problemas de trânsito sofre com a ineficiência e a falta de políticas governamentais eficazes, o que desencadeia a migração da população a fazer uso do transporte particular, que recebe inúmeros e inesgotáveis subsídios oferecidos às fabricantes de automóveis e as facilidades de obtenção de linhas de crédito especiais para financiamento de veículos. Os impactos ocasionados por priorizar o transporte individual tendem a gerar problemas de mobilidade urbana, assim, o objetivo do estudo foi analisar o sistema viário urbano da cidade de Santa Cruz do Sul/RS, delimitando e avaliando a interseção semafórica da Avenida João Pessoa com a Rua Coronel Oscar Rafael Jost, no centro da cidade. A justificativa do estudo é o fato do cruzamento não apresentar segurança necessária ao pedestre, que realiza a travessia em diferentes horários do dia, e ostenta um tráfego de veículos com formações de longas filas. O estudo se baseou na pesquisa qualitativa e quantitativa. No que tange à pesquisa qualitativa foi desenvolvida uma avaliação indutiva, isto é, a partir de observações in loco, tornando possível constatar em quais períodos do dia e da semana ocorre o maior fluxo de veículos, bem como o possível motivo para a formação de longas filas, e ainda, os principais obstáculos enfrentados pelos pedestres ao atravessar a via, na interseção. No que diz respeito à avaliação da estrutura física da interseção, tais como identificação e verificação das condições da sinalização vertical, horizontal e da via, ocorreram de forma indutiva. No que refere ao método quantitativo foram realizadas visitas in loco, assim como foi devidamente registrado em tabelas as contagens de fluxo de veículos, tempo de espera e distância máxima enfrentada pelos motoristas, nos horários de maior movimento. O resultado observado revelou que o horário de maior fluxo de veículos na interseção é no período da tarde com o horário de pico entre às 17h30min e 18h30min. Constatou-se que trafegam neste período de pico aproximadamente 2.640 veículos, com filas de até 350 metros, número considerado alto pelos órgãos de trânsito. A segurança do pedestre é falha no cruzamento, pois não apresenta tempo hábil para a realização da travessia bem como sinalização inadequada. As análises realizadas durante a pesquisa atestam a imediata necessidade de ser aprimorada a segurança para os usuários da interseção, pois não existem mecanismos que auxiliem na segurança dos pedestres e readequar a configuração da interseção semafórica de forma mais eficiente, a fim de reduzir as filas e o tempo de espera dos motoristas.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.