DETERMINAÇÃO DE KI EM XAROPE COM MÉTODO DE ADIÇÃO-PADRÃO E DETERMINAÇÃO POR ESPECTROSCOPIA DE EMISSÃO ATÔMICA

FABIANE RAMOS JUNGBLUT, CAMILA DREWANZ BRUM, SILVANA SILVEIRA SOARES

Resumo


INTRODUÇÃO: O Iodeto de Potássio (KI) é um princípio ativo presente em xaropes, medicamento muito utilizado para aliviar os sintomas de tosse, principalmente em crianças. Devido à presença de potássio em sua molécula, esse pode ter seu controle de qualidade realizado através de Espectroscopia de Emissão Atômica (Fotometria de Chama). Nessa análise, o potássio (K) é levado a uma chama de GLP, que promove a excitação dos átomos do elemento no estado gasoso fundamental. Ao retornarem ao estado fundamental, os átomos emitem ressonância eletromagnética (REM), que, após passar pelo monocromador, é absorvida pelo detector do equipamento, indicando este o valor de emitância que é proporcional à concentração do elemento dosado. Dado o fato de a forma farmacêutica xarope ser muito viscosa, para minimizar interferentes causados pela taxa de aspiração da amostra na quantificação, foi empregada a metodologia e com construção de curva analítica por adição padrão, a fim de minimizar interferências na absorção e quantificação do fármaco, contribuindo para precisão na análise. OBJETIVO: Determinar o teor de KI presente em amostras de xarope, medicamento analisado nas práticas da disciplina de Análise Farmacêutica, utilizando para isso a determinação do teor de potássio (K) com emprego da curva de calibração com adição padrão. METODOLOGIA: Foram analisadas amostras de xarope de marca "x", com concentração especificada pelo fabricante na faixa de 2% de princípio ativo, Iodeto de Potássio. Constatou-se que o lote analisado estava dentro dos prazos de validade. Na análise, empregou-se a técnica de Espectroscopia de Emissão Atômica em equipamento Fotômetro de Chama, através de método de adição-padrão. Para a preparação das amostras, diluiu-se o xarope analisado em quatro balões volumétricos de 100 mL contendo água deionizada (H2Od) e ácido clorídrico (HCl) de acordo com as especificações propostas pelo método. Estes, mais o balão identificado como "branco", ou seja, constituído somente dos reagentes empregados foram levados para leitura no equipamento. A partir das leituras de emitância gerados no momento da análise, pôde-se então, encontrar os valores da curva de calibração do experimento e realizar os cálculos necessários para quantificação da amostra ensaiada empregando este procedimento. A determinação da curva analítica foi realizada com auxílio do programa Excel®, onde se gerou um gráfico com os valores da equação da reta, coeficiente de correlação para a análise, possibilitando o cálculo da concentração final do princípio ativo do medicamento. RESULTADO: A análise realizada em atividade prática em disciplina do Curso de Farmácia comprova que o valor de concentração informado pelo fabricante, ou seja, 2%, foi o mesmo obtido na prática, ou seja, 0, 02 g.mL-1 de Iodeto de Potássio na amostra. Assim sendo, esse procedimento realizado encontrou exatamente o que foi proposto pelo fabricante. CONCLUSÃO: Apesar dos resultados práticos serem exclusivos de única análise, considerando a experiência da atividade prática, a percepção é de que este lote de medicamento poderia ser aprovado pelo controle de qualidade para venda e consumo por pacientes, visto que o valor encontrado na técnica realizada é o mesmo quantificado pela empresa responsável pelo fármaco. Constata-se ainda que o medicamento ensaiado apresenta níveis compatíveis com a referência para variações de até 10% em relação a variação da concentração proposta, preconizados pela Farmacopeia Brasileira.


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