A água é um bem público indispensável para a vida e sua importância para a saúde pública é largamente reconhecida. O monitoramento ambiental em bacias hidrográficas procura analisar aspectos relevantes que permitam caracterizar as mudanças que ocorrem no uso e ocupação do solo, tornando possível avaliar os efeitos das atividades humanas sobre os ecossistemas. Neste contexto o projeto de monitoramento qualitativo das águas da micro-bacia do Arroio Chaves tem como principal objetivo monitorar a qualidade das águas. Neste sentido a empresa Aliance One em parceria com a UNISC assinou um contrato para a execução deste projeto, a ser desenvolvido no período de 01/10/2014 até 29/02/2016. Durante o período de vigência serão realizadas nas quatro estações do ano coletas em pontos de amostragem distribuídos ao longo das principais nascentes que deságuam no Arroio Chaves, sendo o ponto 1 localizado na nascente da sub-bacia, o ponto 2 na foz, o ponto 3 a montante e o ponto 4 a jusante da foz. As coletas vão ser realizadas de forma que, uma coleta seja realizada fora do período da safra e as outras três coletas realizadas dentro do período de safra do tabaco. As amostras serão analisadas através de ensaios físico-químicos por meio de parâmetros como temperatura, pH, turbidez, condutividade elétrica, sólidos suspensos, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, demanda química de oxigênio, nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal total, nitrogênio total kjeldahl, nitrogênio orgânico, fosfato, metais (ferro, sódio e potássio) e coliformes termotolerantes. A partir dos resultados obtidos dos ensaios físico-químicos os quatro pontos de amostragem da primeira coleta foram classificados quanto à qualidade da água segundo a portaria 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), considerando algumas variáveis para classificação dos pontos como sendo Classe 1, Classe 2, Classe 3 e Classe 4. E segundo o Índice de Qualidade da Água (IQA) calibrado para sistemas lóticos sul brasileiro, através do software IQADATA, permitindo estabelecer critérios para classificação das águas em cinco categoriais: Excelente, Bom, Regular, Ruim e Muito Ruim. Para classificação dos resultados utilizou-se as cores respectivas normatizadas de cada portaria. A partir da aplicação do IQA e do CONAMA para a avaliação da qualidade da água dos pontos de amostragem, foi possível identificar os parâmetros que se encontram em desacordo com as respectivas portarias. Com os resultados obtidos no mês de abril, a avaliação pelo IQA aponta que 25% dos pontos de amostragem foram classificados como "Bom", 75% como "Regular", comparando com a classificação do CONAMA, a classificação dada pelo IQA, para o ponto de amostragem como sendo "Boa" corresponde a Classe 1 do CONAMA, a classificação "Regular" corresponde a Classe 2 e 3 do CONAMA e a classificação "Ruim" corresponde a Classe 4 do CONAMA. A avaliação pela portaria 357/2005 do CONAMA, indica que 25% dos pontos de amostragem estão enquadrados em Classe 2 e 75% dos pontos corresponde a Classe 3.