A diferenciação entre rinite alérgica e sinusite aguda torna-se difícil, muitas vezes, pela semelhança de algumas manifestações clínicas. A primeira se caracteriza por uma inflamação na mucosa nasal, induzida pela exposição a alérgenos que, após sensibilização, desencadeiam uma resposta inflamatória mediada por imunoglobulina E(IgE), resultando em sintomas crônicos e/ou recorrentes. Já a sinusite aguda pode ser definida como uma inflamação seguida de uma infecção aguda das mucosas que recobrem as cavidades paranasais. Geralmente a sinusite aguda ocorre após uma infecção das vias respiratórias superiores, como efeito rebote a uma infecção viral ou bacteriana não tratada; ou ainda, como uma exacerbação sintomática da rinite alérgica. Nesse contexto, foi feito um estudo do tipo bibliográfico, que teve como objetivo expor a diferenciação entre rinite alérgica e sinusite aguda, levando em consideração alguns tópicos, tais como definição, manifestações clínicas, tratamento e cuidados de enfermagem. As manifestações clínicas mais características da rinite alérgica são rinorreia aquosa, obstrução e prurido nasal, espirros e hiperemia conjuntival. Porém na sinusite aguda ocorre dor facial em forma de pressão na face sinusal, seguida de fadiga, secreção nasal purulenta, febre, cefaleia, otalgia, sensação de olfato diminuída, edema periorbital e tosse, que piora quando o paciente está em decúbito dorsal. Os pacientes que possuem crises eventuais de dor de cabeça e obstrução nasal, que duram de 2 a 3 dias e melhoram apenas com descongestionante, na verdade, não tem sinusite. O tratamento para rinite inclui medidas de controle ambiental, tais como retirar a fonte de alergênico do ambiente e controlar a exposição a ácaros. Quanto ao uso de medicamentos, destacam-se os anti-histamínicos, os corticoides tópicos e orais, os descongestionantes tópicos nasais e o brometo de ipratrópio. Já o tratamento da sinusite aguda se dá por meio de antibioticoterapia, que visa à erradicação do organismo infectante. Os antibióticos usados são os de primeira linha, como a amoxicilina; os de segunda linha, como a amoxicilina em combinação com o clavulanato e ainda antibióticos mais modernos, como a azitromicina e levofloxacino. Os cuidados de enfermagem para a rinite alérgica incluem orientar o paciente quanto ao uso correto de medicações sem prescrição médica, técnica correta para administração de medicamentos nasais e efeitos colaterais dos mesmos. Também, ressaltar a importância da higienização das mãos e não permanência em ambientes fechados com aglomerações de pessoas. Na sinusite aguda, os cuidados abrangem instruir o paciente sobre sintomas de complicações, como febre, cefaleia, rigidez na nuca (sintomas agravados após 3 a 5 dias); angústia respiratória alta e baixa; orientar quanto aos efeitos colaterais dos sprays nasais e congestão de rechaço, reforçando a importância de seguir o regime de antibiótico prescrito. Destaca-se a necessidade do conhecimento, por parte dos enfermeiros, das diferenciações das duas patologias citadas para que a assistência ao paciente seja efetiva, auxiliando na profilaxia destas doenças, esclarecendo as dúvidas do paciente e auxiliando também na reabilitação do seu estado de saúde.

Palavras-chave: Rinite Alérgica; Sinusite; Profilaxia.